domingo, 31 de maio de 2015

Ela reviveu!

Olás...

Já comentei aqui, em algum post, que não fico feliz quando me presenteiam com rosas, ou qualquer flor, cujo caule foi cortado de sua raiz. Além de ser um desperdício de dinheiro - porque flores são sempre caras, e, dependendo da espécime,  fica ainda mais cara -, depois murcham e o destino de flores tão lindas (às vezes raras) é sempre ... o lixo!

Mas é claro que se alguém que não sabe desse detalhe me dá um presente desses, como forma de demonstrar carinho,  aceito. Eu não seria deselegante, claro!

Anos seguidos, sempre recebia orquídeas do "love", mas entristecia-me observar, dia a dia, o cair das pétalas, apesar de tentar mantê-las, tal como vindo da floricultura, plantada em vaso. Por tempos imaginei que as floriculturas colocavam uma espécie de poção mágica, para atrair a clientela. Seria, também, um "estimulo", para esses clientes sempre retornarem, isto porque, eu pensava: "as pessoas leigas não saberiam manter as flores sempre vivas".

Quando as pétalas caiam,  geralmente eu doava os pés de orquídeas a uma senhora simpática, que vendia plantas em uma feira. Mais na esperança de que ela pudesse manter as orquídeas vivas. Preferia doá-las a ter que jogá-las. Infelizmente, após uns 15 dias ter recebido a orquídea como presente, começava a secar, ainda que eu a molhasse, adequadamente. Então, a minha teoria do pó mágico ganhava fundamento.

Mas uma, em especial, decidi plantá-la em um vaso qualquer. Até ousei aplicar a técnica do cultivo consorciado (método amplamente utilizado pelos pequenos produtores das regiões tropicais),  em um pequeno vaso, juntamente com outra planta, sem muito atentar à melhor utilização da terra, ou até mesmo melhor exploração de água e nutrientes. Na verdade,  não queria era jogá-la, no lixo, uma linda orquídea que me foi dada com tanto carinho, e,  que por 20 dias, enfeitou  um lugar preferido, em minha casa. 

Para ser bem franca, não tinha mais esperanças alguma de que iria germinar. Não mesmo!

Mas eis que, na quinta-feira, dia 27, como faço todas as manhãs, ou a qualquer instante que esteja em casa, àquela janela, meu olhar foi direto a uma "cor diferente", lá no fundo do quintal, destacando-se, onde, geralmente,  prepondera o verde.

Nem pensei duas vezes. Deixei o que estava fazendo e fui até lá, "conferir". O que será "aquilo", perguntei-me.  Naqueles segundos, entre ter visto aquela cor diferente, até o instante em que cheguei bem próximo, sequer cogitei a possibilidade do que eu, naquele momento, estava a ver. 

Era a minha orquídea em flor!




Tão linda! Afaguei-a tanto. Para mim, foi como uma ressuscitação. Algo inimaginável.

Compreendi, então, que tudo tem um sentido na vida.
Por vezes, pensamos que tudo acabou. Ou, que não nos ouvem, não nos observam. 

E também podemos tirar outras lições. De que vivemos num mundo de coisas e pessoas descartáveis, ou mesmo irrecuperáveis.

Mas não! Tudo pode acontecer de bom em nossas vidas. Basta sermos teimosos, no bom sentido. Basta querermos.







Simplesmente...renasceu!






Sim. Fotografei com a minha modesta maquininha. E também com o meu celular... 

Creio mesmo que fotografei foi usando as lentes do meu coração!

Miscelânea de  sentimentos, de tudo. Foi o que senti. E continuo sentindo.





 A isso é que se pode dizer de uma pessoa que ficou feliz... à toa!










Percebi que sou muito privilegiada. Nem todos têem uma oportunidade dessas, de olhar o nada... e enxergar o que há de mais precioso: uma flor.



Também comprovei minha tese de que pequenas atos, mas grandiosos na essência, nos deixam felizes. Em êxtase, diria.

Não precisamos de grandes coisas para estarmos bem. Basta o desabrochar de uma flor para iluminar de lilás o dia de alguém. 

Nem precisamos, ainda, de muita organização, de tudo certinho na vida. O importante mesmo...é que estejamos bem, cada qual cumprindo da melhor forma o seu papel nesse palco chamado..... VIDA!


E, como dizemos, a vida segue nos surpreendendo. E nasceu mais uma flor, naquela orquídea, tida, pelo menos para mim, como... perdida.

Fotografada em 20/06/2015 (as outras,  na última semana de maio).

Mamãe Coruja

domingo, 24 de maio de 2015

Um dia comum

Olás...

Rio Negro - Manaus - Amazonas - Brasil
(maio/2015)

Se pegarmos palavras, frases ou até mesmo textos do que já foi dito por alguém, qualquer pessoa, até mesmo daquelas no anonimato, poderemos compor os mais belos poemas. Acontece que não seria plágio. Não seria cópia, tampouco alguém estaria roubando as ideias de outrem.

Por vezes, ao ler sobre algum artigo, percebo, nas entrelinhas, que eu penso da mesma maneira. O que teria sido expressado por alguém desconhecido, também já foi "dito" e expressado por mim. Porém, creio que há uma explicação para isso. Pessoas têm almas gêmeas. E não precisam, necessariamente, serem gêmeas, geneticamente. É muito mais intrigante. É saber-se igual sem ser igual em nada!

Por exemplo, esta imagem, que fotografei. É a mesma imagem que, ainda criança, desenhava nas minhas aulas de Arte. Imaginava-a exatamente assim, sem nunca ter visto um cenário desses, àquela época.

E a imagem lembra-me Heráclito, o filósofo, ao dizer, com precisão: “um homem não pode se banhar duas vezes no mesmo rio”. A mutabilidade das coisas. Diz-se, ainda, que até o rio não será o mesmo, após o homem nele banhar-se. Grandiosidade de gênio!

Sigo exatamente esse raciocínio. Imagine, em qualquer parte do mundo, algo deslumbrante, arquitetado pela Natureza... e verifique o estado... após o homem tê-lo "tocado".

“Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia. Tudo passa, tudo sempre passará", na canção Como uma Onda, de Lulu Santos, reflete o mesmo pensamento de Heráclito. E me remete à infância, daqueles desenhos... que ficaram para trás. "Tudo o que se vê não é igual ao que a gente viu a um segundo”. O tempo a tudo transforma. E nem importa a fração de segundo... desse tempo.

Fiz um misturado de reflexões, propositalmente, para concluir que - talvez - o pensamento do filósofo alemão Niestzsche (século XIX, entre outras brilhantes teorias), em Eterno Retorno, tenha um tanto de razão. Afinal, comparando o desenho da minha infância à imagem acima, minha vida tem sido formada por ciclos repetitivos?

Concluo, apenas, para reafirmar que foi um Eterno e Maravilhoso Retorno.


Mamãe Coruja

segunda-feira, 11 de maio de 2015

...E foi no Dia das Mães!

Olá... Filha amada!

Hoje, já te abracei, beijei. Tentei falar um pouco de minha experiência, dos meus erros. Falei de Deus para você. Falei de (quase) tudo um pouco, que eu vislumbrasse a melhor maneira de te agradecer. 

Sim. Agradecer. Você tem sido um presente em todos esses "Dias das Mães. E, naquele ano, em especial, você nasceu, justamente no dia 11 de maio, Dia das Mães.

Não poderia pretender presente maior.

Você cresceu. Cresceu até antes do tempo. Foi logo ter sua vida, suas experiências, alegrias, dores, mágoas...lições de vida. Tornou-se uma empreendedora. Acreditou no seu sonho. Foi atrás. Correu em busca do que queria. Tropeçou aqui e ali. Levantou todas as vezes. Nunca perdeu o sendo da Honestidade. Nunca a vi jogando sujo. Ao contrário, a vi, muitas vezes, chorar pelo quão difícil estava sendo você cumprir honestamente o papel, porque a vida lhe apresentava muitas dificuldades. Mas nunca a vi ir por qualquer caminho tortuoso. Sempre manteve seus princípios e valores.

Hoje, no seu aniversário, apesar de todo tempo estar dizendo o quanto você é especial, resolvi registrar aqui. Uma forma de agradecer pela filha que ganhei no Dia das Mães, daquele Maio.


(Companheira no meu dia 07)
Olhe em frente. Vá em frente. Nem tenho dúvidas de que você conseguirá. Você tem muitas pessoas que lhe querem um bem enorme. Você tem carisma.Você sabe doar-se, amar. Uma das virtudes que aprecio, que admiro em você, entre tantas outras, é que você nunca precisou passar por cima de ninguém, para alcançar seus objetivos. Quer saber em um filho virtude mais honrosa? Orgulhe-se de você. Pessoa de muitos talentos.

Não preciso dizer, mas vou reforçar: Conte comigo, sempre!

Se algo teimar em nos separar, que sejam as flores, para enfeitar o que já é belo
Amo você. Feliz Aniversário!

Mamãe Coruja

domingo, 10 de maio de 2015

Obrigada, mamãe!


Há poucos dias, no meu aniversário, recebi, entre tantas  afagos, beijos e demonstrações de carinhos, a mensagem abaixo transcrita, da filha "Úcha". 


Hoje, Dia das Mães, esta mesma frase tem um significado imenso, por isso dedico a uma pessoa especial. Obrigada pelos bons exemplos que tento praticar todos os dias. Obrigada pelos seus genes estampados em meu rosto.  



Obrigada, mamãe! 



"Tem dias em que a única solução é ficar pertinho dela. Eu e ela. É ela que fala todos os meus erros e depois me mostra o caminho mais seguro. É ela que me resgata. Tem dias que só queria que não tivesse trabalho, não tivesse distância, só existisse eu e ela. Ela que é onipresente, que mesmo não estando ao meu lado, estará em meu coração. Que mesmo quando eu não posso me jogar em seus braços, ainda assim irá me amparar. E que mesmo que eu não consiga nem mesmo falar, contar, lamentar, mesmo que ela não saiba de nada, o simples fato de pensar nela já me acalma. Mas não basta. Tem dias em que o mundo parece injusto, que os dias parecem vazios e nesses dias eu só quero que ela segure mão. Dias em que eu só quero o colo seguro dela. Ela é minha segurança. Ela é meu colo acolhedor, meu peito protetor. Ela é meu oásis quando a vida parece difícil, meu norte quando estou sem rumo, e cais  para onde posso eternamente voltar. Ela, que colore a vida nos dias cinzas. Que adoça o peito quando ele ameaça ficar amargo. Ela. Ela e mais nada. Como eu te amo, minha mãe. Minha eterna gratidão por Deus me permitir ser sua filha. Minha maior prova de amor são minhas orações. Que Deus a conserve sempre ao nosso lado. Obrigada por ser minha mãe."


Até seu gosto pelas plantas, flores e tantas árvores em nossos quintais, queridas lembranças de nossas vidas... eu cultivo. São muitas as semelhanças estampadas, até nas marcas de expressão. 

Mesmo com a ausência de seu único amor, meu pai, a senhora soube educar 5 filhos, fazendo ambos os papeis. Orgulhe-se disso. São muitas as mulheres fortes, mas tão especial como a senhora, só mesmo sendo ... a senhora. 

Flores! A beleza e o perfume delas para enfeitar seus dias. 

Ontem, ao observar as plantas do meu quintal,  elas estavam me dizendo: "fotografe-me e me dê de presente para a sua mãe"
(Só atendi ao pedido... delas)



Mamãe Coruja






domingo, 3 de maio de 2015

Sem inspiração

Olás...


Esses dias têm sido dias sem muita produção palpável. Nada que se possa pesar, ou medir. Pelo menos, no campo pessoal (profissionalmente, não me permito ficar nesse marasmo!).

São dias mais de reflexões. De impotência, diria. Não comentei a respeito do Dia do Trabalhador - 1º de Maio - porque nada a ser comentado, positivamente. Não se pode comemorar esse dia! A Educação no País está um caos. Professores manifestando sua indignação com o descaso do Governo, e são espancados. Em outro âmbito, nepaleses, perplexos diante da força da Natureza. Pessoas sendo executadas, na Indonésia. Outras, que cometem os mesmos crimes, diariamente, soltas  por aí continuando na prática da criminalidade. Estranho Mundo e suas culturas e regras.

Andei sem muita inspiração para falar de algo mais brando. Ando regredindo para dentro de mim. Séculos e séculos se passaram e as mesmas atrocidades repetidas pelo Homem. Pessoas sendo vendidas, traficadas. Alguém manda. Alguém paga. Alguém explora. 

Recolho algumas lembranças de histórias vividas na infância e adolescência e me pergunto: o que vem dando errado? Por que o tempo não parou naquele exato espaço de tempo?

Dia  das Mães está chegando. Em alguns países da Europa esse Dia é comemorado hoje. O papel santificado das mães! Eu sou mãe e creio que tenho cumprido meu papel como tal. Mas ando, sobremaneira, preocupada com os filhos que estão sendo gerados por mães (?) irresponsáveis, enquanto outras "oferecem" seus filhos, ainda crianças, para adultos aliciarem.

Nesses dias,  revirando as entranhas, percebi, com maior preocupação, o caos que o Mundo vive. Na mesma velocidade que as informações e a tecnologia progridem, o Homem dá um passo atrás. Fica mais egoísta. Mais desconfiado. Menos solidário. Mais arrogante. Mais ambicioso. Mais corrupto. Menos ético. Mais falso. Menos honesto. Mais frio. Mais intolerante.  Menos educador. Menos descrente. 

Ando sem muito entusiasmo. Não sei muito bem o que fazer. Refugio-me no meu campo de angústias, e é lá, nesse espaço, que consigo saltar da mola que enxergo no fundo do poço. 

Ainda existe esperança. Sim. Basta que eduquemos nossos filhos, netos e bisnetos no caminho do Bem, mostrando o caminho do Mal, para que saibam que ele existe, mas que saibam desviar. Ninguém poderá andar o caminho deles, mas podemos dar-lhe um mapa com ricos detalhes para não se perderem.

Encontro respostas, para essas preocupações, quando assisto aos programas sobre animais - meus programas favoritos. Como e quanto temos a aprender com eles! Aprendem mais rápido do que nós, humanos! E nem cobram nada para nos darem muitas lições.

Olhemos, entretanto, o que estamos fazendo, em resposta! Estão aí, na Natureza. Encalhados nas areias, porque o Homem tem desviado o percurso natural dos rios e das matas. Sendo mortos em pescarias esportivas para o lazer de poucos. Sendo queimados durante a queima da mata; Enjaulados, para apreciação do Homem. Feito zumbis nas áreas urbanas, morrem eletrocutados porque estão fora do seu habitat. Ensinados (?) para servirem de espetáculo a um público, que sequer questiona o modo como foram "ensinados".

Ando distanciada. Não quero demonstrar uma alegria que não tenho. Não nestes momentos. As coisas que acontecem lá fora me chocam. Me comovem. Me fazem chorar. A fome de muitos. A dor de tantos. Tantas perdas. Quantos órfãos. Devastadora, a fúria da Natureza. Implacável,  a mão do Homem.

O que me revolta e angustia é pelo fato de que sabemos que não deveria ser assim. Não nos dias atuais. Não deveria. Afinal, o Homem, dizem, não evoluiu?

Vão ditando as regras os mais fortes e mais poderosos. Se a fauna e a flora pudessem "falar" talvez nos dissessem: "Sentimos vergonha de como vocês nos tratam. Os papéis não estão trocados? Somos os irracionais?".

E foi nesses momentos de total reflexão, que fui à procura de respostas. E as encontrei. Percebi que eles choram. Percebi que também sentem essas dores. Só não sabem falar.

Eu seria chamada de louca. Afinal, "ouvir" respostas de seres assim? Sim. Sou louca! Encontrei algumas respostas para esses dias de ausência. Ausência de mim. E encontrei, nesta manifestação solidária, "alguém" que entendeu essas sequelas... e deixou verter uma lágrima, como eu... quando estou assim... sem inspiração alguma... apenas refletindo sobre mim.

Chama a Mamãe



Mamãe Coruja