sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Como areia do mar

Praia do Alter-do-Chão/ Santarém/Pará - Brasil
(Foto: José Siqueira)
   

Olás...
Quando tua ausência se fizer sentida
E lembranças de nós dois,  quase esquecidas,
Desnuda estarei, como  nasci,
E em deserto me tornarei.
Quando tua falta se transformar em dor imensa,
Como areia do mar,
Que não se pode medir nem contar.
Farei uma aliança com os animais selvagens,
Com as aves do céu, e até mesmo com os peixes do mar,
Para que não desapareçam, como tu.
Mas, se ainda assim,  
Eu for definhando com a tua ausência,
Procurar-te-ei no cimo das montanhas,
Acima das colinas e debaixo dos carvalhos.
Tua vinda é certa como a da aurora,
Como o cair da chuva
De Primavera que irriga a terra.
E, enquanto tua  presença não se fizer sentida,
Vou me nutrindo da esperança de tua volta.
Mamãe Coruja

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