quinta-feira, 29 de maio de 2014

Fruteiras da Amazônia

Olás...




Fruteiras da Amazônia



Oh, que colosso!
Tão negro é o rio
De tanta água  doce.

Prova da minha Floresta
Sinta o clima  tropical.
Cupuaçu, bacuri, biribá.

Que só há  igual
Na mata verde-encantada 
A flora e a fauna
Existem pra ti,
Mapati.

Nas matas das várzeas
Plantei os meus pés,
Terra  verde floriu:
Sapota, ingá, buriti.

Meu Rio Amazonas
Miticismo de lendas
Saterê-Maués,  guaraná.
Abacaxi, cupuí, araçá..

Encontro das águas, naveguei.
Cabocla, cunhatã,
Miscigenação secular.
Encontro de feras,
Patauá, tucumã.

Oh! Oh! Oh! Acrimel
Tão negro é o rio
De azul o  meu  céu.


(Quem estiver  interessado... pode transformar em uma  toada,   direitos autorais/patrimoniais  compartilhados. Claro!  Afinal, a Festa  dos  Bois-Bumbás está chegando).


Mamãe  Coruja

terça-feira, 27 de maio de 2014

Espaço meticulosamente projetado: Emporium Roma

Olás...

Eu acredito em  propaganda quando  eu mesma confiro, in loco, se o produto anunciado é bom. Alguns, nem de propagada -  dos meios  formais -  precisam,  porque o que oferecem, em termos  de excelente qualidade, vai no boca a boca mesmo. E isto vale  para todos os segmentos:  médicos, advogados, empresas em geral... e até  supermercados.

Sou cliente do então Supermercado Roma desde a antiga instalação. E continuo cliente, mesmo com a distância  entre  minha casa e as novas (desde 2009) instalações do Emporium Roma, uma estrutura  indiscutivelmente  moderna, tudo ali no Bairro de Adrianópolis, na zona centro-sul de Manaus.

Um  dos acessos ao Emporium Roma
Claro! Isto tem um custo maior. Contudo,  ainda prefiro pagar  por um produto de altíssima qualidade, especialmente em se tratando de gêneros alimentícios.

Área  interna - frutas e  congelados
Aliado a  isso,  o espaço é seguro, uma área  nobre, arborizada, clima agradável dentro e fora do ambiente.
Lateral do Emporium Roma

Estacionamento - área da frente (há uma garagem coberta  na área detrás do Emporium

Estrutura da Entrada do Emporium Roma

Financeiramente, nada ganho  em  divulgar o Emporium neste espaço,  porque já elogiava quando era um "simples supermercado", na antiga instalação. Ou seja, o foco  é oferecer o que há  de melhor à  clientela. 

Domingo último, ao cair da tarde, estive por lá, após ter degustado uma matrinxã assada, no Restaurante do Bosco (outro local bom de se estar).

O que eu ganho? Saber que um amigo/a foi conferir o local  e também  saiu  com a  mesma sensação de satisfação. Todos nós gostamos de coisas boas e de bons atendimentos, não é?

Portanto, aí  a dica: vale a pena, vez por outra, gastar  todo o vale-alimentação no Emporium Roma. Ou, compre o básico nos outros (arroz, macarrão produtos para limpeza e similares) e deixe para  comprar produtos diferentes e deliciosos  no Emporium. 

E tente  prestar atenção ao redor, no percurso. Uma vista de encher os  olhos. 
Rua Teresina - Ed. Residencial

Av. Paraíba - Fórum Henoch Reis Tribunal de Justiça do Amazonas



Rua Teresina - Residência em frente ao Emporium


Rua  Teresina - Residências

Rua Teresina - Ed. Residenciais



Eu adoro detalhes. Enxergar  além... sair  do  quadrado.


Mamãe Coruja





sexta-feira, 23 de maio de 2014

Margaret Mee e A Flora Amazônica

Olás...


Espaços como  esses são  tão prazerosos,  quando,  por meio deles, divulgamos o que nossos olhos veem, sentem. A primeira sensação é: Vou compartilhar essas  maravilhas! As pessoas precisam conhecer o magnífico trabalho  da  extraordinária artista  botânica, britânica, Margaret Mee  e sua  relação  apaixonante com  a Amazônia.

Margaret Mee (1909-1988),  viveu 36  anos  no Brasil, no Rio de Janeiro, dedicando  a  vida a uma  luta pessoal pela preservação da Amazônia. Imortalizou com sua arte um evento nunca antes  documentado, o desabrochar da magnífica Flor da Lua. Considerada a  maior ilustradora  botânica  do Século XX, era dona de um extraordinário talento ao aliar em seus traços  ciência e  arte.

A paixão pela flora amazônica começou quando veio a São Paulo, em 1952, visitar uma irmã. Ela e o marido, artista gráfico, acabaram ficando no Brasil.

Fez  15  expedições à  Floresta Amazônica, sendo a  primeira em 1956, indo ao rio Gurupi. Sua  última expedição à Amazônia aconteceu em 1988, quando estava com  79  anos. Nesse período, produziu cerca de 450 pinturas  da flora  tropical.

Quando Margaret Mee, com 79  anos, manifestou o desejo de retornar ao Rio Negro para realizar o  que ainda não conseguira, segundo um dos documentários, a BBC não bancou o seu projeto, temendo  pela sua "fragilidade"(?), afinal, ela estava  com quase 80 anos,vulnerável a algum acidente,  navegando pelos igapós inóspitos da Amazônia. "Poderia cair do barco...", alegaram. Mas um  amigo e esposa bancaram esse sonho, cujos resultados  o Mundo todo ficou sabendo.

Retornou ao Rio Negro para  tentar  realizar um dos  seus  maiores  desejos: assistir ao desabrochar da Flor da Lua (flor-do-luar), para  assim  poder  pintá-la em sua essência, ou seja,  no seu habitat. Essa  flor só floresce  à noite e é característica das Anavilhanas, Amazonas.


Nos  links, abaixo, é maravilhoso sentir a emoção em suas  palavras, ao descrever  aquele momento. É impressionante como a emoção  também nos toca!


Margaret Mee nasceu e  morreu na Inglaterra, em acidente  de carro. Seu marido retornou ao Brasil, um ano após sua morte, para atender ao seu último desejo: que suas cinzas fossem jogadas no Rio Negro. Ironicamente, Margaret não caiu de nenhum  barco enquanto estava na Amazônia.

Definitivamente, Margaret Mee registrou, de todas as formas, a sua paixão por essa espetacular Região. 

Impressionante como escrever sobre Margaret Mee me arrepia, assim como não  me canso em assistir aos documentários sobre  sua  extraordinária  coragem e  talento.

Vale aqui registrar a sua decepção, todas as vezes em que retornou à Amazônia, e via a devastação da mata e a extinção das  espécimes raras da flora. Sua relação era tão próxima, que  percebia cada vegetação que já não existia, por conta das queimadas. Doía - lhe, tal como se tivesse perdido um ente querido.

http://vimeo.com/26586371
https://www.youtube.com/watch?v=mwRX8BJRmp8
https://www.youtube.com/watch?v=2Y0dnus4ZnI



Fonte: http://www.lixeiradourada.com/2013/04/margaret-mee-e-a-flor-da-lua.html


Mamãe Coruja

terça-feira, 20 de maio de 2014

À toa... e daí?

Olás...

Dou-me ao  "luxo"  de ficar à toa,  em alguns dias,  como  hoje. Nada de compromissos, nem de ler e-mails institucionais. Nada de cobranças (e nada de pagar!). Hoje só quero  ficar  de bunda para o ar (ia dizer outro substantivo para bunda, mas apenas com isso, hoje,  me preocupei (um pouquinho):  em  não fazer deste espaço um lugar de palavras inapropriadas. Só hoje!

Hoje, só quero conversas banais. Ouvir boa música. Depois, vou ligar a TV em canais que tenham bons desenhos animados: que tenha maldade inocente (?) e que me faça gargalhar. Se na TV não conseguir achar algo que me divirta, vou brincar com as "princesas  sem castelo". 

Vou estar à toa, nua... até. Que se danem as regras. Eu me devo  isto!

Vou passar  o  tempo que eu quiser ouvindo o canto daqueles  passarinhos, habitantes do meu espaço. Há pouco, um teve a simpatia de entrar em minha sala de estar. Eles sabem que podem vir. Aqui só tem  amor para ser oferecido. Eles sabem muito bem  o "chão", ou o "espaço"  que pisam, ou melhor, que voam.

Hoje, quero olhar a chuva, da janela. Concentrar-me em cada gota que cair e refletir como seria o Mundo sem uma gota de água.

Nada de comer fora. Vou abrir a geladeira e apontar na direção do que estiver semi pronto para ir ao forno.  Hoje até o ar me alimentaria. Ou a plena felicidade de assim estar.

Quero e vou ficar à toa. Não gosto de planejar minha  vida  pessoal,  porque a profissional é obrigada assim a se portar. Mas vou ficar à toa até onde eu suportar.

Hoje, só quero  ficar assim! Prestar atenção ao meu redor, amiúde. Desnuda. 

Sim, hoje! Porque ontem eu fui   namorar...






Mamãe Coruja


domingo, 18 de maio de 2014

A (diversificada) culinária amazônica

Olás...


Manaus  tem  lugares  bem interessantes, em termos de se provar a culinária regional. A maior concentração de restaurantes oferece os  deliciosos pratos elaborados à base de peixes de água  doce, da Região. E  muitos  se esmeram em variar esses pratos. Geralmente,  as peixarias  estão nas áreas centrais  de Manaus.

Quem quiser sair  dessa rotina, e aproveitar para  conhecer a Avenida do Turismo - acesso para áreas nobres de Manaus, como Shopping Ponta Negra, Praia da Ponta Negra e vários outros restaurantes e bares -, é só dar um "mergulho"  nesse  trecho para sentir o ar fresco da vegetação. Impressão que dá - e sempre comento isso quando estou por ali - é que se está em outro "lugar", fora de Manaus:  um  lugar privilegiado.

Pois foi neste domingo que estive no Restaurante "O Lenhador". Quem gosta de commmmerrrr   muiiiitooo   poderá se fartar: o cardápio é variado. Tem (quase) de tudo: jacaré, aruanã, tambaqui, pirarucu, farofa de banana, caranguejo, camarão, vatapá, farofa  de tartaruga,  e outros pratos  feitos com a carne da tartaruga.

Confesso que não são  meus  pratos prediletos (qualquer um feito com a carne da tartaruga), por  muitos  motivos que prefiro não  expor aqui. Mas há  quem goste. Pois lá você encontra essas comidas exóticas. Também  não encaro carne de jacaré. Fico pensando  naquele "gigante" me olhando, aqueles  dentões...(ai!  não dá). Se alguma  vez comi jacaré,  me enganaram,  pois dizem ter semelhança com a carne do pirarucu (e deste eu gosto, mas não gosto  da matança!).  

(A consciência  me acusa. Reluto. Me angustio,  mas comer o que, posto que até a folhinha de alface...morre... ao ser extirpada do solo).

O lugar oferece bom atendimento. Uma  das coisas que logo observo em um restaurante é se os garçons ou garçonetes  retiram das mesas, de imediato,  os pratos  usados. Sim. Lá estão atentos a isso. Todos bem atenciosos, bem apresentáveis. Ou seja, o foco é o cliente.

Quando falei que é um lugar para quem adora  comer à vontade, é para  pessoas assim mesmo:  boas de garfo, como se diz. Nem adianta levar alguém  que está em dieta,  porque o preço é salgado para quem apenas quer "beliscar". Mas para  aqueles que comem muito e parece que a comida vai armazenando em algum  lugar escondido no estômago, sem maiores  problemas...  vale  a pena o  preço.

Bom, avalio sempre o que vale a pena: boa companhia, bom atendimento, lugar agradável. Se tudo  isso estava em conjunto... vale a pena, sempre!

Aos visitantes que virão para a Copa, em Manaus, está  aí  uma  boa sugestão.

http://www.olenhador.com.br/


Mamãe Coruja





sábado, 17 de maio de 2014

Conversas no Céu

Olás...

Os nomes, abaixo, são  de celebridades falecidas. Firmaram seus papeis na História, seja na música, na política, ou, simplesmente, na caridade.


Fiquei imaginando  uma conversa dessa turma  "do outro lado". Num final de sábado, todos juntos, sons de vozes, de viola, de risadas... de preces.
Vamos imaginar seguinte cenário, debaixo de uns coqueirais (brancos), céu (branco), areia (branca), e umas bandeiras nas cores azul, verde e amarelo, sobressaindo-se sobre todo aquele branco.

Ato I 

O compositor Zé Kéti, chateado,  porque enxerga as pessoas, "lá embaixo" falando da vida dele, e mantém o seguinte diálogo com Jair Rodrigues, convidado recente da rodada:



Zé Keti - "Tá  sabendo, Jair? Nem pedi opinião, mas  continuam a falar de mim. Quer saber? "Falem de mim quem quiser falar...aqui eu não pago aluguel..." (Opinião)
Jair Rodrigues, em resposta, alegre como  sempre: " Deixe que digam, que pensem, que falem, deixa isso pra lá, vem pra cá..." (Deixa isso pra lá).

Ato II


Já bastante entrosados, Elis Regina e Antônio Marcos estão à procura do Grande (Deus), para saberem Sua opinião sobre quem iria plantar a grama no Paraíso:

Antônio  Marcos- "Eu precisava tanto conversar  com Deus..." (Se eu pudesse conversar com Deus).
Ao que Elis Regina responde-lhe:  - "Se eu quiser falar  com  Deus..." (Se eu quiser falar  com Deus).
Mas Nelson Mandela, atento à conversa, dispara:  "Seja qual for o Deus, eu sou mestre do meu destino e capitão da minha alma".

Ato III


Mais adiante,  numa mesa branca de bar, uma boemia só. Alegres estão Nelson Gonçalves, Reginaldo Rossi e Cássia Eller. A conversa é assim:

Reginaldo Rossi: "Garçom,  aqui, nesta mesa  de bar..." (Garçom)
E Nelson Gonçalves argumenta:  "Naquela mesa tá faltando ele, e a saudade dele tá doendo em mim..."(Naquela mesa).
Mas Cássia Eller, toda zen, complementa: "Se lembra quando a gente, chegou um dia acreditar, que tudo era pra sempre...(...) ...eu só sei que alguma coisa aconteceu, tá tudo assim, tão diferente..." (Por enquanto).  
Vinícius de Moraes, com a cabeça na Garota de Ipanema,  ouviu o papo  e disse,  com um ar ausente: "De repente, não  mais que de repente..." (Soneto da Separação).
Ao que Renato Russo, testemunha ocular do suicídio, finalizou:  "Ela se jogou da janela do 5º andar, nada é fácil de entender..."

Ato IV

Mais adiante, em outra mesa,  Cazuza e José Wilker conversam sobre o tempo.

Cazuza, inquieto, diz para Wilker:  "o tempo não para, não para, não, não para..." (O tempo não para).
José Wilker, tasca essa, concordando com Cazuza: "O tempo ´ruge` e a Sapucaí é  longa".

Ato V


Noutro ponto "daquele lugar",  tímidos,  conversam Princesa Diana e Airton Sena (na verdade, não conversam. Questionam-se sobre alguns assuntos).
Pergunta Diana: Airton, o que você pensa sobre a Morte?
Airton, calmo mesmo estando em velocidade,  responde-lhe: "O dia que chegar, chegou. Pode ser hoje ou daqui a 50 anos. A única coisa certa é que ela vai chegar." (Frase sobre Morte).
Princesa Diana, com um semblante triste, confirma: "A vida é somente uma jornada", "Esta fase de minha vida é particularmente a mais perigosa." Ao ser várias vezes ameaçada antes de morrer.

Ato VI (Monólogo)

Madre Tereza de Calcutá - "Se um dia eu for Santa, serei com certeza a santa da escuridão. Estarei continuamente ausente do Paraíso". 


Achei melhor  parar  por  aqui. Prefiro  continuar a escrever  neste  blog. Mas  se  tiver que passar para o "lado  de lá", vou repetir sempre esta: "Cacete! Coloquem um ventilador no meu caixão. E não esqueçam do estoque de pilhas/bateria. Sou por demais  calorentaaaaa (ou é quente?)"

P.S. Nisso que dá programas para  jantar não darem certo: ocupa-se o tempo em imaginar bobagens. Ainda bem que foi reprogramado para o almoço, amanhã. rssss


Mamãe Coruja

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Coisas inexplicáveis na Vida...


Olás...

Toda pessoa deveria viver um grande amor. Toda pessoa deveria experimentar sentir andar sobre as nuvens. Toda pessoa deveria acordar achando-se a mais feliz da Terra. Toda pessoa deveria  amar, para ter as lembranças mais  ricas. Toda pessoa, no entanto, deve entender que tudo poderá acabar,  mas  também entender que terá um reinício. 

Se foi amor, de fato, é assim  que se posicionará  diante da Vida. Porque amar não requer sentimentos que machuquem.  Amar, é como tentar explicar a existência de Deus. E há coisas inexplicáveis na vida, entre elas...Deus, Amor... e você.


"DIVAGAÇÕES"


Sinto falta do teu falar
Dizendo-me coisas... fantasias,
Que vêm d´alma que abranda,
Sonhos meus, de menina, ainda.

Sinto falta do teu beijar
Entre "eu te amo" que acalenta.
Um ardente tocar de lábios,
Parece fogo, em chama que aumenta.

Sinto falta do teu abraço
Apertado, que teu suspirar chego a sentir.
Teu coração bater mais forte,
Querendo ficar em mim.

Indescritível momento que acontece,
Mesmo longe ou perto de ti.
É mais do que Amor, é prece.
Maior do que Paixão, enfim.

Só nós dois sabemos,
Só nós dois sentimos
O que os outros não podem sentir,
Divagações...
Mas, para viver, preciso de ti.


Mamãe Coruja

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Via Victor Vinícius

Olás...

Quem o conhece, sabe que "ele" é assim:  Um mundo de "V"! Isso aqui é só uma pequena amostragem. Tranquilo, calmo, simples... só quer estar em paz. Só quer ViVer.



Via Victor Vinícius


Viva o Victor. Vida viva.
Vive vagando, viajando.
Vem, veja, vigie.
Victor vivo. Viva a Vida!

Viaja, veleja, ventania.
Venha veloz. Volte voraz.
Velocidade... veracidade.
Vagante vive. Verás.

Vocifera vocábulos,
Vícios verbais, via verídicos.
Veloso, vencível, verossímil.
Vicejante, vigoroso, vice-versa.

Vezes vulcão, vezes vigiado.
Victor vivo, vivencia.
Victor Vinícius. Vitória.
Vitória, vitória, vitória.

◘◘◘


Mamãe Coruja





domingo, 11 de maio de 2014

Hora de zoar com as mamães rssss

Olás...


Poesias  à parte (matéria anterior), agora  é hora  de zoar com as mamães  rssss.  

Momento de se mostrar, no entanto, como seriam cenas passadas no dia de hoje, em algumas famílias, um pouco de humor sem humor, eu diria, se é que existe esse tipo de humor.

Ontem, sono custava a chegar, fiquei imaginando umas bobagens – coisa normal  em  mim! Pensei  nos  tipos de mães que andam por aí (engraçado que em alguns tipos eu tinha o rosto adequado!). Fiquei imaginando como seria, no dia de hoje, Dia das Mães,  esse “encontro”, real ou virtual, ou nem isso.

Vamos lá!

1.  Mãe (rica) de filho/a (mais rico/a, ainda): Filhoooooo! Já estou curtindo o maravilhoso e excêntrico presente,  passando  15 dias em hotel 7 estrelas, aqui em Dubai. És um tesouro!!!

2.    Filho (pobre) de Mãe (paciente e humilde):  Mãe, como sei que a senhora gosta de plantas, trouxe essa terra com estrume de galinha, curtido, pra senhora aDubar...aí.

3.  Filho (com síndrome de político) para Mãe (conformada): Mãe, este ano  (de novo)  não deu para eu passar o Dia das Mães com a senhora, mas prometo que no ano que vem vou estar aí.

4.  Mãe (que não é explosiva, engolidora de sapos): Oh! Filho/a. Que jogo de panelas lindo. Já vai pra minha coleção!Afinal, passo mesmo  mais  tempo  na  cozinha...

5.    Mãe ( de governadores):  Filho, pelo menos promete para a mamãe que você  vai cumprir o mandato até o fim, promete, promete. Cansada de ser chamada de égua e de pu... a!

6.  Filho (ex presidente) de  Mãe  (que não teve oportunidade de estudar): Viu, Mãe? Cheguei lá... A senhora  me deixava de castigo para estudar e provei que fui presidente e nem sentei num banco de escola. Mãeeeee.....admita que errou, vai! Mesmo assim, onde a senhora estiver, Feliz Dia das Mães, porque os meus dias também são felizes.

7.  Filho (juiz de futebol): Mãe,  prometo que no Dia das Mães não vou ser juiz de nenhum jogo. Afinal,  pelo menos neste dia a senhora não merece ser ofendida.

8. Mãe (mentindo para não arrancar os dentes do/a filho/a): Filho/a, não precisava ter tido esse trabalho. Eu já tenho umas 20 batas. Nem uso  a todas.

9.  Filho/a acomodado/a e mão de vaca: Mãe,  eu lhe mandei um cartão virtual. Abra lá seu e-mail. Foi com todoooo  carinho que escolhi  esse “presente” para a senhora.

10.   Mãe (da Bruna Surfistinha): Desde cedo eu já desconfiava que ela “dava”  pra isso. Nem nesse Dia liga pra mim.

11.  Filho (abusado) de Mãe santa: Mãe, vou passar o Dia das Mães  aí com a senhora. Chego pelas 9h e só vou embora pelas 20h, assim a senhora não fica sozinha no seu dia. Ah, levo os seus 5 netinhos, porque a minha mulher vai passar o Dia das Mães com a mãe dela. Tem comida aí?Porque nem vou levar nada...

12. Mãe (do Faustão): Ô louco! Pelo menos hoje não vá encher o saco dos outros. “Passa um filme na minha cabeça”  de quando estava grávida de ti.  Agora entendi  porquê   enjoei tanto. Para de chamar os outros de anta. Essa parte me arrependo de não ter te colocado de castigo. 

13. Filho (Justus, executivo e celebridade): Mãe, uma das tarefas mais eficazes já realizada pela senhora foi ter este filho, aqui. Pela sua eficiência, dedicação, comprometimento e visão de futuro, a senhora irá ganhar  3 coberturas em qualquer edifício, do mundo, que a senhora  desejar. É o meu presente neste Dia das Mães. Por enquanto,  nada de novas noras.

14. Mãe e celebridade (Angelina Jolie) para Brad Pitt (esposo, gato, gostoso e celebridade): Com qual Ilha você  me presenteará no Dia das Mães?

15. Mãe (do Jack, o Estripador, se estivessem vivos): Jack, quando  queria te ensinar como cozinhar, caso um dia eu viesse a faltar, era para testar em frangos como cortá-los em pedaços, mas não em pessoas! E não quero ganhar mala como presente, no Dia das Mães. Não gosto de surpresas.

16. Mães (separadas) aos filhos (deixados convivendo com certas madrastas): Filho/a,  não posso estar com vocês  hoje, mas me prometam que nunca irão desmontar a guarda enquanto estiverem por aí...

17.   Filhos (largados pelas mães irresponsáveis): Mãe, ainda assim  queria ter te conhecido.

18.   Filhos (sobreviventes) após terem sido deixados à morte em lixeiras,  em caixas de sapato, após 1 minuto de vida: Mãe, neste dia fico me perguntando: Como tiveste coragem de um ato desses? Bastava que me desses para adoção.

19. Mães (sofredoras) de filhos (viciados em drogas): Nenhum presente material teria mais valor do que te ver, filho/a,  largado/a desse vício. Mas mesmo assim, sou tua  mãe.

20. Filho (Vladimir Putin) para  a sua Mãe: A senhora não tem merecido presente neste Dia, porque, por pouco,  a senhora não me constrangia com esse nome. Mais o “h”  e o “a”  e eu era selecionado para  certos  serviços, aí  meus "programas"  seriam  outros.

21. Mãe (de pedófilo): Seu filho de corno! Porque neste caso não és filho  da p...! Só podes ser doente! E se és doente, trata-te! Hoje,  e todos os dias,  me pergunto: Onde foi que errei?

22. Mãe (do Maníaco do Parque): Até neste dia eu me arrependo. Se eu soubesse... nunca teria te levado a brincar em um parque.

23. Mãe (assassinada a pauladas por populares, em pleno século 21, no Brasil). Estou, agora, no Paraíso, mas ainda  sem entender o ser humano. Hoje, Dia das Mães, queria aliviar o sofrimento de minhas filhas.
    
    E,  por  fim,  como  o assunto  do  momento  é a Copa/2014:

24.  Mãe (do técnico da Seleção inglesa de futebol): Nem vou mais esquentar minha cabeça contigo. O clima de Manaus já fará isso  por ti, até  porque o Dia das Mães na Europa já passou. 

      Pronto... etcetera e coisa e tal... Sei que o Dia das Mães  não  é somente de alegrias. Seríamos hipócritas, em demasia, acharmos que em um dia, apenas,  a felicidade existe para todos, na mesma proporção. Também,  não existem  mães  maravilhosas  em todos os lares,  mas meus  parabéns  aos filhos que sabem superar  essa ausência de afeto. E, àquelas  mães, que de fato sabem a responsabilidade em ser MÃE... um carinhoso  beijo.

   Ah! sem  esquecer as mamães que adotam  animais. Para elas, um “au, au, auuuu!” , "miauuuu", "mééééé", "piu,  piu" (e tudo que existe na onomatopeia)  com minha maior consideração e respeito.

      Como diria Vinícius de Moraes, em Poema Enjoadinho:

Filhos...  Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como os queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete...
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto

Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filhos?  Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los...
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem shampoo
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda

     Que os filhos são! 


      Mamãe Coruja




sexta-feira, 9 de maio de 2014

Ela Merece: Minha Mãe!

Olás...

No 2º domingo  de maio é comemorado o  Dia das Mães (Brasil). A Poesia abaixo, de minha autoria, foi criada - exclusivamente - para  minha mãe. Esse  texto já foi apresentado em um Festival  Arte & Cidadania, como também em uma dinâmica, durante a Especialização (um monólogo utilizando o texto), e,  mais recentemente, em homenagem às colegas de trabalho, mães.

Impressionante como o texto comove. Deve ser porque extraio as palavras da alma, o sentimento vem espontâneo do coração. Tudo, cada segmento de frase é sentido. Nada é acaso. Deve ser por isso.

As pessoas me confidenciam que se "viram" em cada  palavra.  Na dinâmica, ao passear o olhar pela plateia -  postura que adoto quando falo em público- percebia que todos estavam emocionados.  Até os homens tinham lágrimas nos olhos. Disseram-me,  após  a peça, que só  lembravam de suas mães, naquele momento. 

Hoje, o feed-back  não  foi diferente. Colegas,  envolvidos com as questões das Ciências, manifestaram-se emocionados. Particularmente, isso me enche de alegria. Agradeço os elogios   mais  do que especiais. 

Que todas as mamães sejam  amadas e respeitadas. Da mesma forma,  que elas saibam o quão é grandioso exercer esse papel.

Mamãe-------------------------->>>>>  esta  vai, de novo, para a senhora!


À Minha Mãe 

Mãe, vejo tua vida
Como uma lenta vela a se apagar.
Teimo em remontar os pedacinhos,
Os pingos,
Quero a chama acesa,
Quero tua vida,
Sempre a iluminar.

Mãe, querida.
Em tua presença já sinto tua falta,
É um lamentar diário...
Impossível acreditar
Que só terás PAZ quando partires.
Ainda assim, 
Não quero que vá.

Fica comigo, Mãe querida.
Quero em teus braços
Ainda adormecer, acordar...
Hoje, te vejo escapando da vida,
Como a vela brigando com o vento,
(Como a vela brigando com o vento),
Não querendo apagar.

Só peço a Deus que prolongue teus dias,
Mas que sejam dias de eterno cantar.
Não entendeste meus brados:
Eram doídos, mas necessários,
Para que tua vida
Tivesse um sentido,
Da luta que tiveste,
Para, enfim, nos educar.

Só uma certeza, Mãe querida,
Algum dia haveremos de estar,
Em plena e suave harmonia
Em outra vida, que seja!
No Céu... eternamente a te amar"


Bem, Alguém tem ouvido essas preces... Ah! Se tem.


Mamãe Coruja

quarta-feira, 7 de maio de 2014

É...nunca terei fim.

Olás...


Devagar, divaguei em momentos passados. Apressada, ainda divago. Não sei em qual momento. É...não me lembro! Mas seja  dantes ou agora, o discurso não muda, só a  hora. É, somente a hora. Era maio de 1997. Mas neste  maio ainda...  


É...

A violência,
A injustiça,
A traição
Ainda podem perturbar meu coração,
Mas já não podem abalar a minha .

É...

A fome, o verbo, políticos
Sem personalidade social
Ainda causam mil tragédias por aí.
O sonho em evitá-las.
É justo sonhar.

É...

Sonhar é natural,
Mas há necessidade de menos sonhar, 
Mais agir.

É...

A falta de afetividade,
Aprendizagem.
A perda da razão
Ainda podem ser fantasmas para mim.
E  para ti.

É...

Pessoa, corpo, pensar, percepção:
Não para mim,
Que não tive começo, meio,
E nunca terei fim.

É...



Mamãe Coruja