sábado, 29 de março de 2014

"Quem Nunca Curtiu uma Paixão..."

Olás...


Costumo dizer que o amor e a paixão me acompanham. Não imagino minha vida sem ter amado, tampouco sem as dosagens de paixão. E quando falo de AMOR e PAIXÃO, não estou me referindo ao amor, que em nome dele matam. Nem da paixão que fere...  e em nome dela destroem. Desses amores e dessas paixões quero bem longe estar.

Falo de AMOR e de PAIXÃO, e não da tragédia de Romeu e Julieta. Falo daquele amor, que mesmo quando separa, continua... Mas não continua para perseguir, para vigiar, para se ferir. Mas do AMOR que respeita, que se preocupa. Amor que fica, porque se partisse... não seria AMOR.

Falo da PAIXÃO por eles, quando amados. Que não arrefece. Aquece. Falo desse sentido de AMOR, que recua, espera...supera.

Falo da PAIXÃO de querer, de novo, AMAR.  Ainda que por vezes faça chorar, posso dizer que "valeu!", sempre valerá. Não me vejo nutrindo sentimentos ruins pelos (poucos) homens que amei. Nem eles por mim. Senão,  a relação teria sido de ódio, e não de AMOR. Afinal, até as "cartas"... até as cartas voltam às conversas.

(Acho que se eu  morrer bemmmmm   velhinhaaaa, com 100 anos, ainda vou estar piscando para o coveiro).

Para falar a verdade, Vinícius de Moraes (COMO DIZIA O POETA) pensou em mim ao compor essa preciosidade:


"Quem já passou
Por esta vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu,
Porque a vida só se dá
Pra quem se deu,
Pra quem amou, pra quem chorou
Pra quem sofreu
, ai

Quem nunca curtiu uma paixão
Nunca vai ter nada, não
.

Não há mal pior
Do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa
É melhor que a solidão

Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir?
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer

Ai de quem não rasga o coração
Esse não vai ter perdão." (grifos meus)


Mamãe Coruja

sexta-feira, 28 de março de 2014

Quem disse, baby?

Olás...

Quem disse que as mamães não têm tesão?
Só porque pariram
Perderam a excitação?

Quem disse que mamães não fazem amor?
Porque cantam cantiga de ninar
Debaixo do cobertor?

Quem disse que mamães não são gostosas?
Ser mamãe nem é tão complexo assim,
O Complexo de Édipo, sim.

Quem disse que mamães não transam?
Só ajudar que o ponto G alcançam
E vão até ao Z... se isto lhes dá prazer.

Quem disse que mamãe não escapole?
Para aliviar a tensão da prole...
E outras que explica Freud.

Se Freud sempre explica
Se ele disse que pode.
Ora, as  mamães também (...?...)


(Para descontrair)

Mamãe Coruja

quinta-feira, 27 de março de 2014

Sentimento Amazônida de um General

Olás...



O mais novo “Cidadão de Manaus” já está na região amazônica há bastante tempo, desde 1976. O general do Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, comandante militar da Amazônia, obteve o título na quarta-feira (dia 26/03), numa justa homenagem realizada na Câmara Municipal de Manaus, pelo reconhecimento à dedicação de grande parte de sua vida na defesa do maior patrimônio existente para o mundo, a Amazônia, e pelo genuíno amor que demonstra por nosso grandioso Estado, fazendo deste a sua morada. Um exemplo de profissional.

“Toda esta floresta, os seus povos e a sua cultura são um patrimônio não apenas brasileiro, mas da humanidade. E também é um exemplo para um mundo melhor e mais responsável. Em nenhuma outra região do país há a integração entre o homem e a natureza encontrada aqui nesta região”. Com essas palavras, o general demonstra o respeito para com a nossa gente.

O áudio do discurso (emocionado) do general pode ser encontrado no link abaixo:


Mas algumas de suas  frases  vale aqui o registro:


 “Sou caboclo do Amazonas, essa terra é nosso lar”;


 “Me sinto pequenininho. Sei que quem está sendo homenageado é o Exército. Obrigado a todos, aos vereadores e ao prefeito pela sua visão de estadista fazendo um grande trabalho em Manaus”;

“Obrigado Manaus pelo reconhecimento ao trabalho de integração do Exército. Sinto-me filho de Manaus desde que cheguei aqui, em 1976. Foi a cidade em que mais tempo passei, pois fui tocado pela magia do encontro das águas, da toada, da vida simples, patriota e empreendedora do povo amazonense”.

Não é fácil estar no Comando de uma das áreas mais extensas do Planeta, monitorando uma área de 5,2 milhões de km2. A Amazônia, que é considerada área de maior biodiversidade e local da maior bacia hidrográfica de água doce existente. Todo esse tempo, o Brasil e especialmente nós, desta Região, estivemos sob os olhos vigilantes do Comando Militar do Amazonas (CMA), tendo à frente o general Eduardo Villas Bôas, considerado um dos maiores especialistas sobre o tema.

É sabido que a Região Amazônica,  considerando a dimensão e a variedade dos  problemas, sob o ponto de vista geográfico e humano, concentra recursos de toda ordem, cujos valores são incomensuráveis. No entanto, apenas uma pequena parcela desse ambiente natural é conhecida e, por conseguinte, pequena é também a parcela que tem aproveitamento comercial.

Esse espaço encantado é tão imenso, que seu território representa o equivalente a 14 países da Europa. E é este maior ecossistema do planeta que está sob os cuidados de homens do Exército brasileiro. Pela  extensão  e a grandiosidade de riqueza que nos cercam, não seria nada mal o Exército aumentar o seu efetivo nessas áreas, especialmente naquelas  fronteiras. Afinal, esses corajosos homens são os nossos olhos e ouvidos na defesa desse território.

Não se trata somente de preservar e proteger a soberania do espaço geográfico. A preservação da Amazônia é uma responsabilidade de todos nós, perante esta e futuras gerações e perante o mundo. Precisamos manter a nossa influência sobre uma das regiões para a qual têm sido levantadas bandeiras de todos os cantos, ensinando-nos a cuidar e a legitimar nossa economia. Não é raro ouvirmos os chavões internacionais de que a Amazônia não é do Brasil, mas de todo o planeta, Chavões dos países que exercem seu domínio sobre as nações que possuem riquezas que lhes interessam, como as da Amazônia. Chavões de países que destruíram as suas florestas, mas agora querem nos ensinar como conservar as nossas. 

Precisamos cuidar muito bem, no entanto, desse grandioso patrimônio, para não darmos argumentos a que outros, pretensamente, intervenham em nossos assuntos.

Para quem ainda não sabe, e espero que este blog contribua em disseminar importante informação, em Manaus está localizado o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), com mais de 50 anos de existência. Sargentos e oficiais, formados pelo CIGS, gerenciam os diversos pelotões de fronteiras. Estes, estrategicamente estão espalhados ao longo do limite geográfico com nossos países vizinhos. 

O CIGS tem uma história e tanto.  Já formou milhares de guerreiros de selva, dentre estrangeiros. O curso é conhecido pelos níveis extremos de exigência física e é tido como a melhor escola de guerra na selva do mundo. 

O general Villas Bôas deixará Manaus, mas certamente voltará. Aqui deixa raízes familiares. Daqui já saboreou o jaraqui, como menciona no seu discurso.

Só temos a agradecer pelo excelente trabalho na defesa de nosso território amazônico.

Mamãe Coruja

 

quarta-feira, 26 de março de 2014

Fado Tropical

Olás...

Brasil e Portugal. Chico Buarque e Rui Guerra. Que  amor antigo! Essas terras têm muito em comum. Ontem, ao escutar Chico - e em especial Fado Tropical - quis compartilhar beleza de letra e arranjo.

http://www.youtube.com/watch?v=NfjaFMah7sE


Oh! Musa do meu fado,
Oh! Minha mãe gentil,
Te deixo consternado
No primeiro abril.
Mas não sê tão ingrata,
Não esquece quem te amou.
E em tua densa mata,
Se perdeu e se encontrou.

Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal.
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal.


"Sabe, no fundo eu sou um sentimental.Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dose de lirismo (além da sífilis, é claro). Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar, meu coração fecha os olhos e sinceramente chora..."

Com avencas na caatinga,
Alecrins no canavial,
Licores na moringa
Um vinho tropical
E a linda mulata 
Com rendas do Alentejo
De quem numa bravata,
 Arrebato um beijo.

Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal.
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal.

"Meu coração tem um sereno jeito.E as minhas mãos o golpe duro e presto. De tal maneira que, depois de feito, desencontrado, eu mesmo me contesto. Se trago as mãos distantes do meu peito, é que há distância entre intenção e gesto. E se o meu coração nas mãos estreito, me assombra a súbita impressão de incesto.
Quando me encontro no calor da luta, ostento a aguda empunhadura à proa. Mas o meu peito se desabotoa, e se a sentença se anuncia bruta, mais que depressa a mão cega executa, pois que senão o coração perdoa."

Guitarras e sanfonas, 
Jasmins, coqueiros, fontes
Sardinhas, mandioca,
Num suave azulejo
E o Rio Amazonas 
Que corre Trás-os-Montes,
E numa pororoca,
Deságua no Tejo.

Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal.
Ainda vai tornar-se um império colonial.

Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal.
Ainda vai tornar-se um império colonial.

Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal.
Ainda vai tornar-se um império colonial.

Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal.
Ainda vai tornar-se um império colonial.

(grifos  meus)

terça-feira, 25 de março de 2014

Um Viva à Zona Franca de Manaus até 2073

Olás...

Já ultrapassamos a primeira fase: A Câmara dos Deputados aprovou, em 1º turno,  a prorrogação da Zona Franca de Manaus - ZFM, por mais 50 anos, a contar de 2023. Foram 364 votos favoráveis à Proposta de Emenda à Constituição - PEC, contra 03.  Já é um alívio.

No entanto, ainda teremos o 2º turno e a PEC será  colocada em pauta após apreciação de outros temas, como as áreas de livre comércio do Norte do País e a prorrogação da Lei de Informática (de interesse das Regiões Sul e Sudeste). Que seja! Mas que venham  mais 50 anos,  para empresários e investidores do Brasil e do exterior continuarem a olhar para  esse "brasil".

Esse polo industrial, criado em 1967, em meio à Floresta Amazônica, teve como objetivo impulsionar o desenvolvimento econômico  da Amazônia Ocidental e, por conseguinte, alavancar a economia local competitiva, com  incentivos fiscais e desonerações tributárias. Exemplo disso é que nos últimos anos, o polo recebeu um novo impulso com os incentivos fiscais para a implantação da tecnologia de TV digital. 

Para quem vive nesta Região, naturais ou não, pode-se dizer que esse projeto cumpriu fielmente a sua missão.

No auge das centenas de indústrias instaladas em Manaus, a  taxa de emprego  cresceu de forma contínua e vertiginosa. Havia emprego para todos os níveis de formação.

Em contrapartida, houve o êxodo rural, porque viam nessa oportunidade outras fontes de renda, aliados aos direitos trabalhistas, com carteira de trabalho assinada, inclusive. O público jovem já não queria permanecer na lavoura, e via o futuro com um emprego em uma das fábricas do Distrito Industrial.

Doutra banda,  o governo vê na permanência do polo industrial um dos principais inibidores do desmatamento na região, haja vista a geração de emprego e renda, diminuindo, dessa forma, a fuga da população para outras atividades na floresta.

A vigência atual vai até 2023. Um prazo curto, se considerarmos que os investidores também precisam de uma segurança econômica.

As indústrias não recebem qualquer incentivo para se instalar na Zona Franca de Manaus. Entretanto, uma vez instaladas, recebem:

  • Isenção do imposto de importação, que permite que empresas atuem como montadoras usando tecnologia internacional;
  • Isenção do imposto de exportação;
  • Desconto parcial, fornecido pelo governo estadual, no imposto de circulação de mercadorias e serviços (ICMS);
  • Isenção por dez anos, fornecido pelo município, de IPTU, da taxa de licença para funcionamento e da taxa de serviços de limpeza e conservação pública.
Naturalmente, todas as vezes em que o assunto da prorrogação da ZFM é posto em discussão, ficamos com "o coração na garganta", porque a ciumeira dos outros estados nunca foi digerida. Como nem tudo que é bom é perfeito, a  localização do polo industrial em Manaus, carente de infraestrutura logística e de transporte, acaba refletindo no preço dos produtos aqui produzidos, resultando na diminuição da competitividade.

Viajar à Manaus era um verdadeiro paraíso das  compras.  Eventos  de todo  porte eram realizados  na cidade. Entre outros intuitos dessas viagens, as compras de produtos fabricados na ZFM, quase 3 vezes abaixo do preço dos outros centros comerciais, poder-se-ia afirmar que era o ponto de atração.


Vamos aguardar o 2º turno. Se quiserem o voto da Mamãe Coruja ... será a favor.


Mamãe Coruja




segunda-feira, 24 de março de 2014

Apenas me diga um oi...ainda que em um papiro de 1800 anos

Olás...

Rezo noite e dia para que estejam de boa saúde e presto obediência contínua aos deuses em vosso nome.” A frase faz parte de uma mensagem com 18 séculos, escrita por Aurelius Polion, cidadão romano, legionário, para a sua família,  por volta do ano 214 depois de Cristo (d.C.). Embora tenha sido  encontrado no final do século XIX, mas por estar tão degradado, só recentemente o papiro foi decifrado do grego antigo e traduzido para inglês. 

O estudo do papiro foi publicado no Bulletin of the American Society of Papyrologists, e assim conhecemos que a saudade sentida é dolorida, ainda mais quando ausente de notícias da família. 

"Cerca de 4000 quilómetros separam a Panónia Inferior, a província romana onde Aurelius Polion estava colocado (hoje na região de Budapeste, na Hungria), e a cidade de Tebtunis, a 130 quilómetros a sudoeste do Cairo, no Egipto, onde a família do legionário vivia. Foi nos vestígios desta cidade egípcia, dominada por Roma, que os egiptólogos britânicos Bernard Grenfell e Arthur Hunt encontraram, no final do século XIX, este e outros papiros", diz  o Jornal Público/PT.

Em mais trechos da carta  dirigida ao irmão, à irmã e à mãe, percebe-se a angústia de alguém distante sem saber notícias dos queridos. “Não paro de vos escrever, mas vocês não se lembram de mim. Mas eu faço a minha parte de vos escrever e não paro de vos ter presentes (na minha mente) e de vos trazer no coração. Mas vocês nunca me responderam, falando da vossa saúde, de como estão. Estou preocupado convosco, porque, apesar de receberem frequentemente cartas minhas, nunca respondem, para que saiba de vocês.

E continua a exigir notícias da família: “Enviei-vos seis cartas. No momento em que vocês (?) me tiverem na mente, deverei obter uma licença do (comando) consular, e irei ter convosco para que saibam que sou vosso irmão. Porque não exijo (?) nada de vocês para o exército, mas culpo-vos porque, apesar de vos escrever, nenhum de vocês (?) … tem consideração. Vejam, o vosso (?) vizinho … Sou o vosso irmão.”

Segundo a  nota, Aurelius Polion terá pertencido a uma família de classe baixa com alguns privilégios, mas não escreveria bem: “Ele até escrevia algumas letras do alfabeto latino em vez do grego e usava alguma pontuação latina."

Por que lhes  trago essa interessante notícia? Primeiro, para mostrar que independente do espaço de tempo, o Homem sempre teve a necessidade de não estar sozinho. A comunicação - e não importa qual o meio - escrita, falada, televisionada, gestual - faz parte do universo animal (repito: universo animal, não me referindo somente ao Homem). Segundo, para demonstrar que esse sentimento  chamado  S A U D A D E pode ter o impacto de duas vertentes: uma, para nos manter vivos, com a esperança de que iremos rever as pessoas queridas; outra,  para lembrar das alegrias passadas pelas nossas vidas. Porque só sentimos SAUDADE  das pessoas  e dos fatos que nos fizeram  felizes.

É assim que tento  me manter  esperançosa, todas as vezes que vou deixar alguém amado no Aeroporto, como ontem,  para realizar o que lhe faz feliz, ainda que seja para longe de mim. E, quando for para buscar esse amado, o buscarei... para matar todas as saudades.

E, quando nao puder vê-lo... basta um toque virtual... e terei notícias. Ao contrário de Aurelius... que em dias e noites angustiantes... só tinha a sua própria companhia... e agonia.
Se nunca sabemos o depois...  por que esquecemos de dizer a quem amamos o  que tanto querem ouvir? Por quê?
Mamãe Coruja 



Uma bailarina que mexeu com a cabeça!

Olás...


Clarice Zeitel Vianna Silva, com 26 anos, na ocasião estudante de Direito ma Universidade Federal do Rio de Janeiro/RJ, venceu o Concurso da UNESCO, tendo como concorrentes mais de 50.000 participantes.
Para quem acha que dançarinas só têm um rosto e um corpo perfeitos, aí está o contraditório desse estereótipo. Juntou, de forma simples e direta, o que a maioria dos brasileiro pensa, resultando  nesse belo desabafo, o qual endosso como  apreciadora da boa escrita e, acima de tudo, de saber que por aí existem pessoas que fazem a diferença.
Tema:     ” Como vencer a  pobreza e a desigualdade”
 

Autora: Clarice Zeitel Vianna  Silva

 

 “PÁTRIA MADRASTA  VIL"

Onde já se viu tanto excesso de falta?  Abundância de inexistência...   Exagero de escassez... 
Contraditórios? Então aí está!  O novo nome do nosso país!  Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL. 
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta  de  caráter, a abundância de inexistência de  solidariedade, o exagero de  escassez de responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma  combinação mal  engendrada - e friamente sistematizada - de  contradições.
Há quem diga que 'dos filhos deste solo és  mãe  gentil', mas eu digo que não é gentil e,  muito menos, mãe. 
Pela definição que eu conheço de MÃE, o  Brasil,   está mais para madrasta vil.
A minha mãe não  'tapa o sol com a  peneira'  Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação  básica.
E mesmo há  200 anos atrás não me aboliria da  escravidão se soubesse que me  restaria a liberdade  apenas para morrer de fome. 
Porque a minha mãe  não  iria querer me enganar, iludir. 
Ela me daria um verdadeiro Pacote (grifos meus) que fosse  efetivo  na resolução do problema, e que contivesse educação  +  liberdade + igualdade.
Ela sabe que de nada me  adianta ter educação  pela metade, ou tê-la  aprisionada pela falta de oportunidade, pela  falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. 
A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a  minha  educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade.
Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição!
É disso que o  Brasil precisa: mudanças  estruturais, revolucionárias, que quebrem  esse sistema-esquema social montado; mudanças que não  sejam  hipócritas, mudanças que transformem!
A mudança que nada muda é  só mais uma  contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos,  mas  não ensinam a pescar.
E a educação libertadora entra aí. 
O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito.
Não aprendeu o que é ser cidadão.
Porém,  ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade:  nossa participação efetiva; as  mudanças dentro do corpo burocrático  do Estado não modificam a estrutura. 
As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar  (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... 
Mas estão elas preparadas para isso?
Eu  acredito profundamente que só uma revolução  estrutural, feita de  dentro pra fora e que não exclua  nada nem ninguém de seus efeitos,  possa acabar com a  pobreza e a desigualdade no Brasil.
Afinal, de  que serve um governo que não administra?  De que serve uma mãe que não afaga?  E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?
Talvez o sentido de nossa própria existência  esteja  ligado, justamente, a um posicionamento perante  o mundo como um  todo. Sem egoísmo.  Cada um por todos.
Algumas perguntas,  quando auto-indagadas, se tornam  elucidativas. 
Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? 
Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil?
Ser tratado como cidadão ou excluído? 
Como gente... Ou como  bicho?"

Apenas discordando em parte com Clarice, vejo que o Brasil precisa mais é de uma revolução cultural. O próprio peixinho que vem à boca sem terem o trabalho da pescaria,  as Bolsas  para (quase) tudo... são exemplos que uma grande parte, empobrecida, até prefere ficar mesmo nessa condição, a ter que enfrentar a árdua labuta diária de um número significante de famílias, que enfrentam nas lavouras,  nos roçados, na seca permanente em áreas do Nordeste, inclusive, para retirar o próprio sustento.
Alguns não gostaram de terem visto "nossos problemas"  expostos mundo afora. Mas uma coisa boa disso eu extraio: os nossos problemas também afetam pessoas de todas as classes e níveis. Ou seja, basta mudarmos nossa maneira um tanto passiva em aceitarmos tudo, a começarmos pela consciência do voto. 
Contudo,  eita Pátria Amada querida!

Como Mamãe Coruja... penso da mesma maneira que a "mãe"  da Clarice. Não se pode colocar um filho no mundo, e simplesmente jogá-lo no meio dos leões, sem antes ensinado-lhes como trilhar os bons caminhos.

 
* O prêmio, concedido pela Organização  das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), foi recebido em Paris.  A  redação de Clarice  intitulada  'Pátria
Madrasta Vil', foi incluída  num livro, com  outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual  da   UNESCO.
Mamãe Coruja
  

domingo, 23 de março de 2014

"Magoei"... sei fazer mais do que descascar tucumã...

Olás...

"Vocês só sabem comer peixe e descascar tucumã, bando índios filhos da P..."

Foi dessa maneira "delicada"  que  uma cliente, insatisfeita pelo atendimento em uma conhecida  rede de fast food, em Manaus, se referiu aos funcionários.

A cena foi logo divulgada e teve uma  repercussão bastante negativa- creio para ambas as partes: ofensor e ofendido.

Também prezo pelo bom atendimento, porque também faço questão em atender, dar atenção merecida e  devida ao cliente (e cliente aqui entenda no sentido lato, amplo, abrangente, ou seja, qualquer pessoa em qualquer segmento/contexto). Não é nada bom sermos mal atendidos, ainda mais quando estamos pagando.

Porém,  minha opinião é que precisamos ter controle em determinadas situações, como esta  do caso concreto. O que era tido como sua razão, acaba se dando o inverso.

Eu sou d(aqui): de comer jar(aqui), tomar taca(), tomar o açaí, comer pirão,  com a caldeirada de tamb(aqui). E já comi muito tucumã. Temos muito a melhorar, é fato! Mas ofender as  pessoas dessa forma incorre  em pior erro do que o tal mal atendimento.

A  ignorância acerca do povo indígena  me indigna! Malgrado a vida  invadida desses índios, estão ainda por aí a serem vítimas de preconceitos,  por serem "diferentes". Na colonização,  eram vistos como pagãos, insolentes e preguiçosos. Colonizadores queriam incutir-lhes, a qualquer custo, o padrão e a visão de mundo difundidos na Europa, como se fosse isso uma conduta universal. Infelizmente,  o total  desconhecimento do modo de vida desses  nativos ainda persiste.

A"mocinha"  do vídeo, "civilizada", parece que não absorveu as lições de berço e das escolas por onde passou.

Quem é mais  civilizado: o cara pálida que destrói para construir e acumular riquezas, ou o "incivilizado", que apenas produz o necessário para a sua sobrevivência?

Coloquem-se lá, no  lugar deles, e sejam aculturados por estranhos, sofram violências e sejam acometidos de doenças trazidas de  um "mundo novo"(?!).

A "mocinha civilizada"  só  esqueceu de um detalhe: se ao chegarem ao Brasil, os europeus colonizadores, só encontraram índios habitando esta terra, somos todos portadores de genes dessa espécie,  misturados  com africanos, europeus,  asiáticos. Uma completa miscigenação de cores, que  resultou nessa bela e imensa riqueza cultural, da qual  tenho imenso orgulho.

Uma última observação: coma um sanduíche caboclinho ...! 

http://www.portaldoholanda.com.br/amazonas/voces-so-sabem-comer-peixe-e-descascar-tucuma-bando-indios-filhos-da-p#.Uy9re6KCXFw 

 

Mamãe  Coruja

sábado, 22 de março de 2014

"Falo" com a minha cachorrinha... e ela entende.

Olás...

"Cientistas fizeram uma experiência inédita com cachorros e comprovaram que eles conseguem mesmo perceber as emoções de quem está falando". Até parece que descobriram a pólvora!

A informação foi noticiada na mídia como se ninguém, até o momento,  não soubesse disso. Eu, por exemplo, já sabia que cachorros "falam". Quem ladra é o Homem.

As "princesas" das fotos são da mesma raça pinscher - mas com personalidades totalmente diferentes. Uma, é de Aquarius. A outra,  de Libra. A Lolita(ou Lolis, ou Lolisday) morena, dócil, carinhosa meiga, educada, calma, tranquila, higiênica, mais ouve do que fala (uma sábia!). A outra, Nicole Kidman (ou Nick, ou doidinha), porque é ruiva, é toda ao contrário,  com o agravante de que sabe se fazer de vítima na hora que lhe interessa.

Lolis já está em nossas vidas há 4 anos. Nick, há 5 meses. Veio para fazer companhia  à   "irmãzinha". Essa decisão não agradou muito à Lolis, porque sua vida virou de cabeça pra baixo. Por ser bem menor, apesar de mais velha, a pobrezinha passa por arranca-rabos dos piores. Até anda se escondendo da Nicole, porque esta parece que tem um chip funcionando 24h. Hiperativa! Come  que nem uma draga, a  garota.

Tal como crianças, quando o sono chega, "pedem"  para ir à cama. Capotam ali mesmo onde estão, e ficam na espera de que sejam carregadas para as caminhas.

Eu amo essas meninas! Reconheço que aguentar a Nicole é uma provação muito grande. Chegou e fez um reboliço em minha vida. Mas fazer o que? A gente se apega  demais a esses seres maravilhosos.

À esquerda Lolita. À direita Nicole Kidman


Fonte: veja.abril.com.br
                                     (Nem precisava fazerem exame neurológico em nós. Se calhar,  até       amamos  mais  do que vocês. Au! Au! Auuuu!)


           O Homem deveria aprender com os animais irracionais, diariamente.

Homenagem aos nossos "amigos". Fizeram de suas passagens pelas nossas vidas nossas lembranças eternas: Belchior, Chacal, Killer, Bethoven, Elis, Caetano, Champanhe, Tom e Jobim, Eugênia, Barbie, Lilica, Tadinha, Mila, Ana,  Maria, Braga, Sabrina, Debie, Lóide, Carumbão. S a u d a d e s !