domingo, 30 de novembro de 2014

A Chacina dos Periquitos

Olás...

Com muita vergonha, uso este espaço para demonstrar toda a minha tristeza em saber, que o ser, chamado de racional, o Homem, é capaz de atos tão monstruosos, como esse.
Vergonha, porque em uma Região, cujo metro quadrado, é tido como o de maior biodiversidade do mundo, acontece uma "chacina" dessas.

Estou com o coração em luto. Espero que as autoridades locais e os órgãos que são criados para proteger a fauna brasileira, dessa vez possam fazer algo.

Não sou do tipo que esconde debaixo do tapete as coisas ruins da cidade na qual moro, e mostrar somente as maravilhas, como se fosse um  mundo do faz de conta.

Aqui está a capacidade do Homem em destruir a beleza. Em tornar mórbido o que é  belo. 

Lamentável.

Eu,  que amo o canto de qualquer pássaro - todos os dias tenho esse privilégio, seja no ambiente do trabalho, ou em casa - fiquei chocada com o episódio.

Pensei: Quantas pessoas, com deficiência áudio-visual, não dariam tudo para ouvir o canto de um pássaro? Quantas?

E vejam o que acontece:

http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2014/11/telas-em-arvores-no-am-contribuem-para-morte-de-periquitos-diz-biologo.html

Sem mais palavras.

Mamãe Coruja

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Os negros dos EUA



 Olás...

Pois bem. Se o que acontece nos EUA fosse mais um caso no Brasil, o mundo certamente estaria em polvorosa. Mas sendo o ocorrido em uma potência mundial, tudo - parece - tem explicação. 

Os jornais noticiaram, em todos os meios de comunicação, que os EUA enfrentaram uma segunda noite de protestos e violências, com centenas de pessoas se manifestando, em diferentes cidades - Nova York também -   contra a morte do jovem Michael Brown, que foi assassinado pela Polícia, em agosto passado, no Estado do Missouri, na cidade de Ferguson, onde os atos estão sendo mais violentos. Nessa última noite, houve uma intervenção maior, por parte da Força Nacional, impedindo, por exemplo, os saques e que colocassem fogo em carros. 

Mas as manifestações continuam, desde que o policial, que é o autor dos disparos, que matou o jovem negro Michael Brown, acabou inocentado, ou seja, o inquérito não seguiu em frente e isso vem causando a série de manifestações. 

Em um país que inspirou as políticas afirmativas e elegeu um presidente negro, esperava-se avanço nesse debate, mas ainda são questões muito mal resolvidas nos EUA.

Talvez a gente aqui, vendo de fora, pudesse achar que houve avanços, mas quem está lá, deve ver o mundo do jeito que ele é, e parece que ele é diferente. A própria declaração que  Obama deu ontem, mostra que é diferente. Ele diz que “as frustrações que temos visto não são sobre o incidente particular. Elas têm raízes profundas em muitas comunidades negras, que sentem que nossas leis nem sempre são aplicadas de modo uniforme ou suficiente”. 

Então, O Presidente da República, sendo ele negro ou não,  está dizendo que há uma justiça para negros e outra pra quem não é negro. Isso mostra que lá é um caldeirão de fogo,  essa questão. Os EUA foram, talvez, líderes nessas políticas afirmativas, mas está provado que não resolveu e a questão é muito mais profunda do que essa suposta injustiça com o policial.

Ele não foi nem inocente. O Júri considerou que não havia indícios suficientes para levá-lo a julgamento. Então, nem foi resolvido se ele era inocente ou culpado, não tinha de ser julgado (o que chamamos no Brasil de fase da pronúncia). Não foi nem acusado, na verdade. 

É um país que ainda não resolveu essa questão. E,  de vez em quando, o mundo se surpreende com um exemplo como esses. No entanto,  quem por lá mora, principalmente os negros americanos, veem isso no dia a dia. 

Talvez tenha um dado também a mais, nessa questão, que transforme o fato em fato americano, em uma  tragédia americana.  Li, em um jornal, acerca da declaração de uma advogada, dizendo que a policia nos EUA tem um status especial, desde o 11 de setembro, porque a segurança foi ampliada de toda maneira possível, criando a percepção de que a polícia é a última linha de defesa entre trabalhadores e criminosos. Portanto,  existiria uma tendência de júris, como esse que absolveu  o policial, a ser condescendente com os policiais, que é uma tendência que vem desde 11/09. Então,  essa questão não está resolvida e nem vai ser resolvida tão cedo, se chega ao ponto que chegou agora, é porque vai demorar muito para resolver a questão racial nos EUA.


Há alguns dias, também outro caso, de um menino que estava com uma arma de brinquedo na mão, um menino negro, e que também acabou sendo baleando, atingido por  outro policial, o que só mostra que há uma sequência de casos e que não é um fato isolado, que está em debate nos EUA. Envolve várias forças, de um lado, a população da cidade é 70% negra, então tem esse conflito que é antigo; por outro lado tem uma situação de segurança que já não é racial, tem a ver com terrorismo, com o 11 de setembro, que é o fortalecimento da polícia na questão da segurança. 

Quando esse policial não foi levado a julgamento, foi considerado não quem errou, mas quem iniciou o processo, e quem iniciou o processo foi a Polícia, não o policial. O policial, individualmente, seguiu uma lei, uma regra, que poderia ter atirado na condição que se encontrava. O erro não seria do policial, e sim da Polícia. Mas isso não é claro no que o Júri  diz. Apenas diz que o policial teria direito de defender naquela situação que ele se encontrava. 

Então, é bastante complicado. É um barril de pólvora,  porque são forças opostas muito fortes. A Polícia é muito forte, tem crescido, tem se fortalecido, com o que virou uma certa paranoia. Tem sentido objetivo e claro? Ninguém duvida disso, mas  vai tomando uma dimensão, de uma certa maneira, com o medo do terrorismo, que ele extrapola, vai além daquilo que ele deveria  ter ido.  

As políticas afirmativas, na verdade, fortalecem os negros. E isso é muito bom, não restam dúvidas. Mas não diminuem a segregação. Pelo contrário,  aumentam.

Vejam, uma cidade como essa do episódio, com 70% de negros, mas os negros não têm direitos iguais aos brancos.


Embora existam especialistas e as chamadas ações de inteligência envolvidas nesse aparato, na minha modesta opinião, as políticas afirmativas têm que ter um tempo, elas têm que parar. E a gente não tem que se centrar nisso. E sim centrar numa situação que é criar condições iguais para todo mundo. Mudar o pensamento. É isso que a gente tem que mudar. Mudar o conceito e o valor. 

A gente deveria investir – eu digo "a gente" falando dos EUA,  mas a gente vive isso também no Brasil. Deveríamos investir numa mudança de consciência e percepção. Não adianta objetivamente ir lá e fortalecer essa ou aquela população. 

O que a gente ver nos EUA? Um presidente negro e uma situação em relação aos negros igual ao que era, talvez tenda até a pior.


Outro  exemplo, que também me preocupa: quando a gente faz uma política afirmativa para minorias, para todas as minorias, infelizmente aumenta a criminalidade. 

Não adiantam apenas políticas afirmativas. É preciso mudar a consciência. Do que estou falando?  Falo da homofobia, por exemplo,  no Brasil  acontece isso. Então, quanto mais atos sobre tolerância à homofobia acontecem, tem aumentado os crimes  contra homofobia, acontecendo nas ruas.

Enfim, política afirmativa para negros, homossexuais ou qualquer classe desprivilegiada é necessária, mas é preciso que junto a isso venha uma mudança de consciência, senão não adianta nada. O  que estamos vendo nos EUA é a prova disso.


Mamãe Coruja



domingo, 23 de novembro de 2014

Amores da minha vida

Olás...

Genética explica como são os genes e como eles trabalham. Isso cientificamente comprovado está!

O que explica, porém,  alguns sentimentos que sentimos ao longo de nossas vidas e, para algumas teorias, as quais respeito, vão  além da  vida? 

Ainda esses dias,  e quase diariamente, tão logo percebo um caso de abandono de filhos, de incapazes, eu me questiono: "Como alguém pode jogar um filho, recém-nascido, no lixo, no esgoto, em algum terreno baldio?"

Hipocrisias à parte, não gosto muito de julgar. Aprendi - com os erros da própria vida - que não tenho direito em fazer julgamentos, seja de qual ser humano for, sem ter conhecimento de causa.E, ainda, assim, me furto ao direito de julgar, e, sim, analisar, para daí tirar lições de vida.

Mas, num particular (porque em minhas inúmeras e indefinidas tentativas de justificativas para o ato de abandono de crianças, bebês ainda), não consigo encontrar explicações para quem assim age. Algumas,  até são analisadas sob a égide do Direito, como o infanticídio. Percebe-se,  porém, que os casos- e em números alarmantes de abandono de incapazes  - crescem, no Brasil.

Então, quando olho para essas "lindezas" em minha vida, e, a cada momento, desde que nasceram até este instante (gravado em minha mente e no meu coração), tenho a infinita certeza que não cometeria semelhante ato. Mas, reafirmo, não julgo os atos de ninguém. Só não consigo entender! 

Existem tantas pessoas numa fila imensa, à espera de adoção. Existem centenas de casais à espera de uma oportunidade divina de serem pais... enquanto que...

Ter histórias boas para serem contadas, relembradas. Rir do nada, chorar do que foi preciso chorar, vê-los crescendo, tropeçando nos primeiros passos; levantando e novamente caindo; tropeçando mais tarde; e ainda assim damos colo, do mesmo jeitinho que, como criança, um dia passamos. Isso deve fazer falta a quem teve essa chance... e a jogou fora, no  lixo.


Amores da minha vida! 
Na Loja "Harmonia Nativa" - Shopping Ponta Negra - Manaus/Amazonas



quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Onde está a Consciência... pesada?

Olás...

Dia 17  último, ouvi em uma Rádio, um discurso que acontecia no Senado da República, momento em que me dirigia ao trabalho. De início, o tema me prendeu, porque trazia à tona o assassinatos dos 43 estudantes, no México. Ouvi o discurso do início ao fim. Depois,  o resgatei da própria Rádio da qual o ouvira. 

Políticos, geralmente,  adoram discursar, falar bonito, e  o discurso quase sempre não "bate" com a prática. Muitas das vezes nem é o próprio político quem redige o discurso. Mas ali não me importou esse detalhe. Ative-me à questão, delicada, por sinal. Para mim, valia o chamamento.

Sendo hoje o Dia da Consciência Negra, quem sabe podemos também refletir acerca dos pontos mencionados no discurso!?

Eis a questão, ipisis literis: 

"No dia 26 de setembro, há menos de 2 meses, 43 estudantes mexicanos, alunos de uma escola de formação de professores de Ayotzinapa, foram sequestrados e assassinados por  policiais, acumpliciados por traficantes, na cidade de Iguala, no Estado de Guerrero. O desaparecimento e execução dos estudantes comoveram o Mundo, e, por mais de 1 mês, foram destaque do noticiário internacional. Até o Papa se pronunciou a respeito dessa barbaridade.

Na madrugada do dia 05 de novembro, depois de terem anunciado a razzia, pelas redes sociais, policiais militares paraenses varreram a periferia da cidade de Belém, em uma expedição de vingança, pela morte de um membro da Corporação, deixando um saldo de 10 a 35 mortos. Entre as vítimas do massacre estava o estudante Eduardo Galúcio Chaves, de 16 anos, que voltava da escola. Portador de necessidades especiais, assustou-se com os tiros, e, mesmo com dificuldade, Eduardo pôs-se a correr e foi abatido com 5 tiros pelas costas. 

Alguns dos executados no Pará, receberam mais de 30 tiros. 

Mesmo que a própria  Polícia Militar tenha apregoado a expedição, os assassinatos foram atribuídos à guerra entre traficantes, a mesma versão inicial para o desaparecimento dos normalistas mexicanos.

Parafraseando Caetano Veloso, Iguala é aqui! Com a diferença que as 10 ou 35 execuções, em Belém, não ganharam a repercussão, quer nacional, quer internacional das execuções mexicanas. 

Lá e cá, os massacres serão rapidamente esquecidos, enterrados com suas vítimas. Os massacres de ontem serão suplantados pelos massacres de hoje.

Um estudo, há pouco divulgado, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública,  ONG, que se dedica ao tema, revelou que nos últimos 5 anos, a Polícia brasileira matou, em média, 6 pessoas por dia. Entre 2009 e 2013, foram 11.197 mortes provocadas, oficialmente, pelos nossos "agentes da lei".

Nos EUA, nos últimos 30 anos, a Polícia matou 11.090 pessoas. Em 30 anos, 11.090 pessoas contra 11.197 mortes provocadas pelos nossos agentes da lei, entre 2009 e 2013. E olha, que segundo o Fórum, a letalidade de nossas polícias está caindo. Estas estatísticas, no entanto, ressalva a ONG, são imprecisas, já que apenas 11 das 27 unidades da Federação informaram os números pedidos pelo Fórum. E, mesmo assim, esses números não são informações confiáveis.

Afirma o Fórum: "A maioria das polícias do País, não tem a prática de fazer acompanhamento da letalidade policial. Há uma subnotificação. Sabemos que é bem maior do que está registrado". Uma pista, para comprovar esta subnotificação, calcula-se que, anualmente, 50 mil brasileiros morram assassinados. E, como no caso de Belém, do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Salvador, os massacres serão sempre atribuídos a conflitos entre bandidos, ou a tal resistência seguida de morte, os famigerados autos de resistência. Uma excrescência, criada pela Ditadura, para massacrar as execuções, e que sobrevive até hoje.

Assim, como os 500 ou mais assassinatos havidos em São Paulo, em apenas dois dias, de maio/2006, jamais foram ou serão investigados, também os assassinatos de Belém, que permanecerão intocados, assim como os seus autores. Os 500 assassinatos em São Paulo ficaram por conta da guerra da Polícia Militar com o PCC. Um levantamento superficial, feito à época, mostrou que a maioria das vítimas era trabalhadores sem registros policiais.

Há um alarido danado nesta Casa e na Casa aqui ao lado, contra a corrupção. Compartilho com a inquietação, mas rejeito essa visão seletiva de parte do Congresso, do Ministério Público, do Judiciário e da mídia em relação à corrupção. Corrupção não é apenas o desvio de dinheiro público, propina, suborno, manipulação em licitações. É também corrupção a indiferença do Parlamento, do Executivo, do Judiciário, do Ministério Público, da Academia, das Igrejas e da mídia diante da violência, especialmente da violência dos agentes públicos. Da mesma forma que a impunidade do desvio do dinheiro público provocará mais corrupção, a impunidade da violência policial provocará mais violência, maior instabilidade social e perpetuação da injustiça.

Silvia Colombo, repórter especial da Folha de São Paulo, que se dedica especialmente a cobrir a América Latina – não sei se foi despedida pela Folha, também, está despedindo dezenas de jornalistas – mas fez Silvia Colombo uma ligação direta entre o massacre dos estudantes em Iguala, com o terrível massacre de centenas de estudantes na cidade do México, em 48, 46 anos atrás. O prefeito e os narcotraficantes de Iguala não queriam que os estudantes perturbassem um ato oficial.

O Presidente Diaz Ordaz não queria que os estudantes perturbassem as Olimpíadas, que o México sediava àquele ano. E a impunidade do massacre de 68 é a nutriz do massacre de 2014. A diferença entre uma carnificina e outra é que agora os mortos foram contados. Enquanto que, a sinistra contabilidade de 68 permanece, até hoje, inconcluso. O massacre mexicano de 46 anos atrás. Quer dizer, o México, 46 anos atrás, estava preparado para uma tragédia igual à de Iguala. Como o Brasil, depois das chacinas da Candelária, de Vigário Geral, do Carandiru, está preparado para a chacina de Belém, para a chacina de 2006, em SP, e para quantas mais se sucederem nessa terrível crônica de impunidade, de indiferença e de desprezo pelos mais pobres,  e pelos que estão à margem da sociedade dominante.

Não se trata, Senador Suplicy, apenas da banalização do mal, da vulgarização da violência, da mediocrização da vida. Trata-se, sim, da institucionalização do mal, da violência, e da institucionalização do desapreço à vida

É a reinvenção continuada da barbárie. 

O desdém em relação aos pobres, quase sempre pardos e negros, não se flagra apenas quando expedições oficiais punitivas agem nas periferias das cidades como capitães de mato na captura de escravos fugitivos.

Quase sempre, as catástrofes que vitimam os humilhados e ofendidos pela sociedade de classe, pouco comovem os do topo desta sociedade. 

Senhoras e Senhores Senadores, neste 2014,  registram-se os 30 anos de uma das piores tragédias do Séc. XX, no Brasil,  o incêndio da Vila Socó, favela sobre palafitas na cidade de Cubatão, em SP. Fazia tempo que os dutos da Petrobrás, que ligam a Refinaria Presidente Bernardes à Cubatão ao terminal da Alemoa, em Santos, estavam sem manutenção e vazando gasolina no mangue, onde as palafitas haviam sido erguidas. Na noite do dia 24 de fevereiro de 1984, uma falha operacional,  combinada com a corrosão dos dutos, provocaram o vazamento, de uma só vez, de 700 mil litros de gasolina no mangue. Alertada pelos moradores, a Refinaria informou, que primeiro precisava da avaliação de um engenheiro que morava em Santos, para acionar, ou não, os bombeiros.  Bastava uma faísca para a tragédia: o fósforo, o isqueiro, um curto circuito. 

Seja lá o que tenha sido, essa faísca provocou o fogo, que consumiu Vila Socó em poucos minutos. Como sempre, quando se trata de favelados, de pardos e negros, de trabalhadores e pobres, a contabilidade das vítimas, até hoje, não fechou. Assegura-se, que o número de mortos ultrapassou os 700, podendo chegar a mil, mais da metade crianças, 300 crianças de 0 a 3 anos; 245 crianças de 3 a 6 anos. Afora uma enorme quantidade de feridos. Entre os estertores do Regime Militar, e embora suspensa a censura, não houve empenho para investigação da calamidade e o balanço criterioso das vítimas. 

Afinal, o Haiti é aqui. E quem lá quer saber o que acontece no Haiti, na Vila Socó, no Capão Redondo, no Guamá, ou na Baixada, ou no Alemão? 

De vez em quando alguém se interessa. Noticiam os jornais, que semana passada a Defensoria Pública de São Paulo, fez um apelo urgente às Nações Unidades, para que investiguem o assassinato, no dia 7 de setembro, de 4 jovens, entre 16 e 21 anos, na favela São Remo, na Zona Oeste da capital paulista. Eles foram inequivocamente executados pela Polícia. O caso foi entregue a um Setor da ONU, que investiga execuções extrajudiciais.  

Será que desta vez teremos novidade? 

Não terá, com este apelo, a Defensoria Pública de São Paulo, confessado a sua absoluta inutilidade? Insubsistência? Não terá confessado sua nulidade e absoluta inoperância? Quando se dedicam desesperadamente às lutas salariais, aos acréscimos, aos absurdos, aos auxílios-residência e tudo o mais, à semelhança do conjunto do Judiciário e do Ministério Público. Isto realmente não é novidade.

Será, ou seja como for, será pouco o que fizeram. Sempre há de ser pouco, mesmo porque não é a punição fortuita de membros dos sinistros  esquadrões da morte, que agem impunemente no Brasil,   que mudará  a realidade dos fatos, a natureza verdadeira das coisas.

E qual é a natureza das coisas, no caso da violência policial, para-policial, civil ou social? Talvez pudéssemos simplificar e tão pura e simplesmente, endereçar tudo à conta das estruturas econômica e social  e,  redundantes na simplificação,  dizer que nada muda se essas estruturas não forem sacudidas, demolidas ou refeitas.

Talvez pudéssemos abrir aqui um parêntese e citar Marx ou Toynbee, que mesmo separados ideologicamente, pela distância da Terra à Lua, coincidem  quanto a obsolescência dos Sistemas, que sinais como esses, que diariamente explodem à nossa volta indicam, pressionam por um novo tempo, e que é da decadência irresistível do velho que deve nascer o novo?

Talvez, na mesma linha, me fosse permitido citar meu velho mestre, Guerreiro Ramos.

Talvez,  para entender porque as nossas Polícias executam 6 pessoas por dia (bem mais, muito mais, na verdade). Para saber as razões porque mais de 50 mil brasileiros são assassinados todo ano, e outros 50 mil são abatidos pelos acidentes de trânsito, e mais de 3 mil  morrem em acidentes de trabalho. Talvez seja o caso, talvez fosse o caso de dar uma olhada para trás, para nossa história, e com ela, Senador Cristovam, aprender alguma coisa. 

Olhar pelo retrovisor, perscrutar, examinar com atenção a busca de explicações, para nossa violência, para nossas mãos sujas de sangue, para nossa história, ela mesma empapada de sangue.

Para tentar descobrir porque somos um dos países mais sanguinários do Planeta Terra, mais até do que aqueles que vivem em permanente Guerra.  Cite-se que a Guerra da Síria, que mês que vem entra em seu 5º e sangrento ano, matou até agora, estima-se,  170 mil pessoas. Em cinco anos! Enquanto que a carnificina brasileira, nas periferias pobres das cidades e do campo, nas ruas e nas estradas, nas fábricas e construções, ceifa quase que a mesma quantidade de vidas, por ano.

Para aqueles que se chocam, repito a pergunta: somos ou não somos um País sanguinário, violento, em guerra com o povo? 

Somos ou não somos?

País cordial, Senador Suplicy? Ora bolas!

Não é possível, que insistamos nisso, mas parece que isso não interessa às nossas elites, Senador Cristovam. E nós somos a Elite! Somos as mulheres e os homens bons, os pais da Pátria, o escol, como se dizia antigamente. E, como tais, não temos nada a aprender com a história e com o passado. Não temos que nos ocupar em escavar o tempo à cata das origens do mal.

Neste momento, assoberbam-nos assuntos de maior importância, para que a morte violenta de mais de 100 mil brasileiros anualmente interrompam as nossas atividades. Mesmo porque esses 100 mil brasileiros, são  quase todos pretos de tão pobre, e pobres são pretos, e todos sabem como tratamos os pretos.

Termino aqui, esse pronunciamento, ciente de que minhas palavras vão se dissolver, desmanchar-se antes que cheguem ao plenário, às galerias, à tribuna de honra ou à bancada dos jornalistas, as ideias e os dados que aqui expedi.

Afinal, a oposição tem um presidente a derrubar. A situação, um presidente a sustentar. Os jornalistas? Estão excitadíssimos demais com tantas prisões e escândalos. Nesta azáfama, quem lá está se preocupando, se neste dezembro, contabilizaremos 100 mil brasileiros mortos violentamente.

Quase todos pretos, de tão pobres, e pobres são como pretos, e todos sabem como aqui tratamos os pretos. 

Alguém me ouvirá? 

Alguém os ouvirá?

Presidente, faço aqui o registro da minha indignação diante do que acontece no País, nesse momento. Nossa situação é igual, senão pior, do que a do México, com o assassinato dos 43 estudantes de Pedagogia, futuros professores, que emocionaram  e provocaram até uma reação do nosso excepcional  Papa João Francisco."   (grifos meus).

Eu ouvi. Quisera ter alguma  mágica para situações como essas não mais acontecerem.

Mamãe Coruja

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

É só deitar na rede ... e relaxar.

Olás...

Adoro comer peixe, mas  tiradas as espinhas, claro! Quem vive comigo disso já sabe. Quem não convive, fica sabendo, porque logo quero mostrar o sabor do tambaqui assado na brasa, ou como caldeirada, que também é uma delícia. Da sardinha fritinha, nem se fala: que venha com espinhas e tudo!

Quando a comida é boa e o lugar é daqueles que a gente, literalmente, quer ficar  para dormir, tudo fica bom ao dobro.

Manaus tem  um lugar assim, para se estar com a  família e amigos, especialmente se caiu uma chuvinha e o clima ficou ameno. O restaurante fica em meio às plantações de jaqueiras e seringais, de onde se pode admirar a Ponte Rio Negro. Pena que só funciona para almoço, porque a vista deve ser exageradamente linda, à noite. 

O lugar do qual  falo já foi destaque neste blog, em:
http://chamamamae.blogspot.com.br/2014/03/um-recanto-apenas-para-estar.html

Como resistir a uma rede, sob o céu límpido? Jogar conversa fora, de papo para o ar? 





Mas há um cantinho também especial, que é a casa da ex-sogra. Distante 80km de Manaus, quando posso vou por lá, também para saborear um tambaqui, especialmente feito para nós (o sabor é até outro, porque colocam "amor e dedicação" no tempero). É como sempre digo  - e ainda hoje repeti isso a uma colega de trabalho - : nada é tão bom e salutar do que  se viver uma história de amor e, quando acaba, continuar a amizade e a admiração - até com a sogra!

Aliás, o  último "tambaquisão" saboreado por lá  ainda está me  dando água na boca, até agora.

Mas quando aquela vontade de churrasco vem à tona... ah! aí adoro o La Parrilla Grill. Um local gostoso, por tudo. Garçons atenciosos e o tempero é perfeito. É por lá que também gosto de reunir a família, especialmente quando chegam minhas "visitas"  preferidas, que a saudade da distância me faz chorar no travesseiro.
http://www.laparrilla.com.br/

Manaus já foi conhecida como a "Paris dos Trópicos".  Durante a Copa/2014, sendo  cidade-sede dos jogos, foi considerada por uma pesquisa como a melhor cidade, que soube receber seus turistas.  Quem por aqui esteve, vindo de qualquer canto do mundo, saiu encantado com esse povo bom e hospitaleiro.

Defeitos? Manaus têm muitos, como toda cidade que cresce, que se desenvolve. Mas soubemos  e sabemos ser anfitriões dos melhores, mesmo tendo somente nosso caboquês e jeito indígena  para mostrar. 

Só sei dizer uma coisa: turista que vem a Manaus... sai "Até o tucupi/ até o talo", no vocabulário caboquês  - mais que satisfeito !


Mamãe Coruja



terça-feira, 11 de novembro de 2014

... Momentos assim... que fossem eternos!

Olás...


Minha "rainha" querida. Sei que um futuro maravilhoso está reservado para você. Aliás, seu passado e presente são... um dom. As adversidades? Ah... ligue, não. Elas existem para nos tornarem mais fortes.

Já pensou quão seria monótona a vida se tudo que queremos fosse tão fácil alcançar? Desafios são bons. Vai depender de como vamos encará-los. E você já encarou tantos, tantos... e saiu-se deles muito bem. Talvez eu nem fizesse melhor.

Mas, afinal, quem ganha um "presente"  desses no Dia das Mães, é porque recebeu algo... especial. Você é especial, portanto. E quem sou eu para  contrariar o destino?  Presentes assim não esquecemos, jamais.

Só quero mesmo que você seja feliz. Que continue com esse sorriso lindo (e aquelas gargalhadas, atrasadas, claro, das piadas contadas).

Importante é a Harmonia, e, se for NATIVA... melhor, ainda.

Estaremos com você, sempre.

Amamos você, sempre!




Momentos que deveriam durar além desta vida.



Mamãe Coruja

domingo, 9 de novembro de 2014

Descobrimento do Brasil: Sem terra na vista.

Olás...

Uns turistas, milionários, cansados da monotonia de suas vidas, combinaram viajar em grupos, sem rumo, quase à deriva. Queriam mesmo era farrear, desse o que desse;  fosse onde fosse, mas a intenção era ir à Índia. Para isso, compraram um GPS (descobririam, mais tarde, que era um Sem Parada Gay - SPG, porque não funcionava, ao contrário da "outra"  Parada, que funciona e,  a cada ano, tem mais adeptos!).

Cada grupo em um iate (13 ao todo), puseram-se a navegar, oceano afora. Saíram de um Continente "velho", em busca de novidades. Uma farra, regada a vinhos do Porto e pastéis de Belém. Era 1500!

E conto essa história em 2014. Olha quanta coisa o tempo alterou!

Cheios do "mel", digo, de vinho, já nem sabiam o que estavam fazendo. Distantes da terra natal - que diziam ser Portugal! - vagaram dias e noites e só viam água, porque o GPS que compraram não trazia garantia de funcionamento. Estavam a ermo, meio que... perdidos. 

Mas eis que, de repente, não se sabe se pelo efeito do vinho, alguém gritou lá da  proa: "Alguém trouxe terra no iate? quem foi o filho da mãe que jogou terra em minha vista?  Os outros,  já pra lá de Bagdá, devido ao efeito da bebida, ouviram mal  e gritaram, em alívio: "Terra à vista, pois, pois" .

E foi assim, devido ao engano se era terra na vista do turista enraivecido, que eles avistaram um "montinho" de terra. Ficaram em dúvida se era um montinho, ou uma ilha. Mal sabiam que era um continente. Mas como distinguir essas diferenças, sob efeito de vinho, e durante dias vomitando já o que não tinham no estômago? Até pensaram ser o Vírus Ebola, mas aí já estariam milhas luz à frente do tempo. A História aqui é outra!

Em um dos iates, para tirarem a limpo a dúvida, passaram a jogar  porrinha (espécie de jogo com palitos de fósforo). O objetivo era ver quem daria nome àquela "coisa", vista momentos antes. E, na brincadeira, já esvaziados para mais de cem tonéis de vinho, um deles disse que aquele "monte" era do Pascoal (parece que era o nome do avô de um dos turistas, político que era, adorava logo dar nome às obras públicas, desde que fosse nome de sua família,claro).  Mas,outro, que estava com muita saudades da amada, contestou: "Não, aquele monte  são as  mamas da minha doce e tentadora Vera Cruz!".

Nenhum desses tinha razão. Seguindo os "Passos" de turistas mais experientes, chegaram à conclusão que aquele "monte"  não era de ninguém, muito menos as mamas de alguém: Era, pois, um novo Continente!

Quando retornaram à terra natal, os turistas contaram a novidade. E muitos logo ficaram empolgados para percorrer o mesmo trajeto. De novo, em discussão o nome do Continente, que até então, diziam os turistas, era terra de ninguém.

Um turista, com trejeitos um tanto delicados, adorava dar nome a "paus". Não se sabe ao certo o motivo, mas andava com "pau" na cabeça todo o tempo (bem, depois descobriu-se que andava com "pau" não só na cabeça, mas aí já era tarde demais ... e Inês já era morta). Pois bem, por causa dessa obsessão por ... quero dizer...por ter conhecimento profundo de madeira, acabou ganhando o concurso para dar nome ao Novo Continente, que passou a ser chamado BRASIL, por causa justamente de um pau... o Pau Brasil!

Mas voltemos ao início!

Para se medir o efeito do álcool que causa nas pessoas, o nível das alucinações é o método  mais comum e eficaz, isso quando o sujeito ainda consegue se manter em pé (no caso, quando os turistas ainda conseguiam se manter navegando). Como disse, saíram sem rumo, desse o que desse; fosse onde fosse. Não bastasse terem divergido sobre o que tinham "avistado", após muitos dias só farreando naqueles iates modernos e confortáveis, iriam divergir, mais tarde, sobre que "imagens" eram aquelas, vistas quando botaram os pés em terra: "Estamos sonhando, ou estamos vendo pessoas desnudas? Ou somos nós,  que estamos com roupa demais e mal cheirosas, de tantos dias sem sentir uma lavanda?".

Cheios do "mel", porque saíram com intenção de passar férias na  Índia, nem se deram conta que existiam pessoas morando naquele local. Eram nativos daquele lugar, que haviam descoberto um jeito tranquilo e natural de viver. (O mesmo lugar que todos, atualmente, procuramos).

Desceram dos iates. Cantavam, saltitavam...já sonhando com a "comida", porque estavam a dois passos (Não aquele outro Passos!) do paraíso, canção da Banda Blitz, que só compôs bem mais tarde, como homenagem a esses turistas: "Longe de casa, há mais de uma semana/Milhas e milhas distante/Do meu amor ... (...)...Estou a dois  passos do paraíso/Não sei se vou voltar/Estou a dois passos do paraíso/ Talvez eu fique, eu fique por lá...". E não é que ficaram mesmo?

"O que são aquelas coisas? Gente? Uma espécie de "bicho" deste lugar? O que são aqueles objetos que têm nas mãos, apontados para nós? Será a  flecha do Cupido? Ora, pois, que bem queria me apaixonar por aqui. Alguém aí está lúcido,  ainda, que pode explicar do que se tratam aquelas coisas se movendo?"

Vejam que  cenário!!! Mais tarde trabalhado em pintura em tela a óleo: Mulheres nuas à frente, seios pulando para lá e para cá. Muitos nem acreditavam. Babavam. Queriam dizer: "Jesus, que é isso?", mas  confusos que estavam... só conseguiam repetir: "Jesui...tas!"

Mortos de "fome". Cachaça até o talo na cabeça (a essa altura já esgotaram o vinho e passaram a ingerir cachaça), entendiados porque não sabiam mais o que fazer para se divertirem nos iates, atracaram naquelas praias lindas e desertas... e foram bater um plá (bater papo)  com aquela galera um tanto... esquisita.

Mas bater papo numa língua que não entendiam? Nem pensar! Nativos que se danassem, mas a língua seria aquela que os turistas impusessem. Afinal, vence sempre quem é mais forte. Quem pode mais. Afinal, "a vida é combate, que os fracos abate; os fortes e os bravos só pode exaltar", não  é assim, Sr. Gonçalves Dias?

Como disse, àquela altura já não distinguiam se estavam na Índia ou sabe-se lá onde. Nem titubearam: "essas coisas se movendo devem ser "índios". Se não forem, a gente faz ser". Já era plágio de Geraldo Vandré (dizem ter sido dedo-duro da Ditadura (mas ele afirmava que não):  "... esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer..." (Pra Não  Dizer Que Não Falei Das Flores, linda, por sinal)

E, durante muito tempo, os turistas gostaram tanto do lugar, que passaram a trazer outros curiosos em seus iates. Católicos que eram, até padres estavam nas comitivas. Primeiro, comeram de tudo que as índias preparavam. Depois, rezavam missa  para pedir perdão a Deus pela gula. 

Era uma vez...Fim do Primeiro Capítulo

Respectivamente, índios das tribos Tapirapé, Kaiapó, Ricbastas
e Bororó
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Povos_ind%C3%ADgenas_do_Brasil)



Mamãe Coruja












terça-feira, 4 de novembro de 2014

A índia suspensa

Olás...

Domingo passado... caí na "gandaia", desde cedo. Visitei a Feira de Artesanato, na Avenida Eduardo Ribeiro.

A Feira tem de tudo. Tuuudooo  mesmo! No link abaixo temos uma ideia do que é esse evento, aos domingos:

 https://www.google.com.br/search?q=Feira+de+Artesanato+-+Av.+Eduardo+Ribeiro&client=firefox-a&hs=vVO&rls=org.mozilla:pt-BR:official&channel=sb&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=vM1XVNr_IfGTsQSP9YC4BQ&ved=0CAkQ_AUoAg&biw=1440&bih=740 

A novidade, ontem, pelo menos para mim, foi a "índia suspensa". Quem passava, se intrigava em saber onde a índia estava "sentada".



Deste ângulo, não se via nada que pudesse afirmar que ela estava sobre algum assento.



Neste ângulo, percebe-se que há uma engenhoca que fica interno, no pau de bambu.     




Importante foi que esta índia nos lembrou do período em que portugueses "descobriram" o Brasil. Não fosse a vestimenta, porque os índios naquela época andavam nus, é a índia típica do período da "colonização" (ou escravidão, como prefiro conceituar).


Mamãe Coruja

domingo, 2 de novembro de 2014

Hoje, não! Só quero encher o saco...

Olás...


Acordei mais cedo, neste domingo, do que pretendia. Abri as janelas - detesto sentir-me trancada - para entrar os raios do sol que já estavam brilhantes, bem cedo. Pensei: "hoje o sol vai ser de lascar!".
Abri a janela que dá para o quintal...um dos cenários que mais gosto, deste ângulo. Porque através dele vejo o céu azul, poucas nuvens brancas, como algodão, pinceladas no Céu.

Tomei um delicioso café e me dei ao luxo de hoje não querer saber de nada que me pressione. Então pensei: "Já que não estou fazendo nada,vou fazer nada  lá pelos  blogs dos tugas". Deixei umas coisinhas impróprias escritas em um; tentei fingir uma seriedade  em outro, porque lá a coisa é mais séria e não se pode ultrapassar a liberdade, afinal, minha liberdade vai até onde está e começa o direito do outro.

Escrevendo aqui ouço o cantar de um bando de pássaros, todos lá no meu quintal. Estou pensando: "Caramba, que lindo e espetacular esse som!".

A  filhota acordou, com cara de "quero ficar manhosando até mais tarde". Eu sei bem esse jeito de falar e de se espreguiçar. Minha menina linda!

Mas nos prometemos hoje sair, sair sem algum rumo. Visitar  algumas reconstruções feitas em Manaus. Sou tão do mato, que raro vou ao centro de Manaus. Mas aos domingos gosto de passear. Gosto das feiras. As pessoas parecem mais descontraídas, livres.  Por causa do clima saem com roupas bem leves... Sempre comento: "Deveríamos andar como os índios - em algumas tribos: nus!"

Ficaria mais tempo sem fazer nada, ou enchendo o saco e a paciência de uns tugas maneiros (legais, bem humorados), nos blogs, mas até ficar sem fazer nada... cansa.

Vou dar umas  "pedaladas"  por aí. Emendar por algum restaurante que tenha gente alegre por lá.
Aliás, domingo passado estivemos em um. Um garçom, que nos atendeu, numa  palavra que falou percebemos o "sotaque"  diferente.
Bingo! Perguntei-lhe: "És de qual lugar?"
E ele, com aquele "sotaque"  peculiar: "Sou português, da cidade do Porto".
Pronto, quase monopolizo o garçom só para a nossa mesa.  Mas fiquei com receio do rapaz - lindo, por sinal, bem charmoso -, perder o emprego  por minha causa.

Vou à luta! Porque não há nada melhor do que lutar sem mover nenhuma arma que fira. Vou acompanhada de bom humor, disposição... e não querendo fazer nada que me pressione.

Hoje,  não!


Mamãe Coruja... (e os pássaros continuam cantando... posso querer algo mais do que isso, agora?)