terça-feira, 30 de setembro de 2014

Cara Suja de Cocô, Excelência!!!

Olás...


Dia 5, próximo domingo, mais uma vez irenos às urnas. Dependendo,  ainda poderemos ir uma segunda vez  (2º Turno ---> Presidente e Governador).

Farei minha obrigação como cidadã. Lá estarei para  votar! O calor que tem feito em Manaus - 40 º à sombra -  vou de tanga e levando um balde de água fria, não para aquela tal  campanha, mas sim para me refrescar, caso a fila esteja imensa.

Brincadeiras à parte, confesso que meu limite de  paciência para algumas situações desse período de campanha eleitoral está no fim. Vacina contra a intolerância na iminência de vencer.

Tenho elaborado umas ideias. Espero, até domingo que vem, colocá-las em prática. 

Manhã bem cedo, ao retirar o carro da garagem, para ir ao trabalho, já me deparo com as propagandas enfiadas por todos os lugares do meu "território", sem terem pedido licença. A caixa dos Correios vive abarrotada de propaganda, tanto que muitas caem ao chão, sujando a área da minha residência, sem contar que o vento leva essa  papelada  para as sarjetas, ruas, avenidas, igarapés, rios...

Ao chegar em casa, quase ao anoitecer,  qual a primeira coisa que vejo no meu portão? Os "santinhos"  pendurados ou caídos por onde possa estar. Muitos deles  jogados no piso da garagem.

Conto até 10, desço do carro, e junto aquela sujeira  toda. O destino é sempre o mesmo: mais da metade vai para o lixo, de  imediato, até porque  é nessas  horas que o Carro de Coleta de Lixo está passando. A outra, aproveito - pelo menos serve para alguma coisa "útil" -  para limpar cocô da Nicole e Lolita.

Dependendo do "santinho", faço questão de melecar bem a cara do sujeito com cocô, pois bem que merece, por permitir sujar as casas das pessoas e a via pública.

Quanto papel jogado fora! Quanta madeira derrubada! Quanto trabalho para os garis, ainda mais nesse sol causticante, limpando a sujeira dos  futuros "Excelências" (ou já lá estão fazendo carreira, passando de pai para filho, geração a geração).

Em algumas das "promessas" estampadas na  propaganda  ainda ousam afirmar: " Vamos limpar a cidade de Manaus", ou " Todos, juntos, por um meio ambiente mais saudável".

Bem, promessa de político não se acredita mesmo! Até Deus já foi ludibriado por eles. 

Uma coisa é certa:  não voto em candidato que tem a cara suja de cocô! FICHA SUJA.


                                                 



Mamãe Coruja




segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Lusitanos, de novo, na Amazônia.

Olás...



Ontem, assistindo a um programa de Televisão, chamou-me à atenção a matéria – já em curso. Primeiro, porque o “sotaque” luso era notório; segundo, porque as imagens que faziam fundo à matéria eram por demais lindas, e logo reconheci aquelas águas: só podiam ser dos rios da Amazônia!; terceiro, aqueles rostinhos simples e felizes,  de pequenos índios, um tanto tímidos diante da câmera; quarto, porque o tema era sobre Pedro Teixeira, e em Manaus temos uma Avenida que leva o nome de Pedro Teixeira. Como sou curiosa, quis logo saber o que fazia aquele grupo de lusitanos em um programa de TV, no Brasil.

Pois bem, é que o escritor Antônio Bacelar Carrelhas também quis refazer a trajetória do viajante português Pedro Teixeira, pelos idos de 1637 e 1639, ocasião em que percorreu o Rio Amazonas, objetivando o reconhecimento da região para a Coroa.

Mas desta vez a intenção é outra (é o que afirma!): divulgar a história de Pedro Teixeira aos amazônidas. O foco é divulgar justamente nas cidades homônimas de Brasil e de Portugal. Algumas cidades do Brasil levam nomes de cidades que também existem em Portugal, como: Alcobaça (Bahia),  Alenquer, Aveiro, Óbidos,  Bragança e Santarém (Pará),  Barcelos (Amazonas), Crato (Ceará), Oeiras e Amarante (Piauí), Queluz (São Paulo).

O esforço de Carrelhas merece todo apoio e aplausos, porque, infelizmente, colocam nomes em ruas, avenidas, edifícios públicos e sequer há uma divulgação – pelo menos nas escolas – sobre quem foi aquela personalidade. A “Expedição Pedro Teixeira”, como é chamada, vem realizando esse trabalho, por meio de palestras, às crianças do ensino fundamental da rede pública.

Em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA), via Projeto “Conheça seu Município” – desenvolvido pela Casa de Estudos Luso-Amazônicos (Cela) e a Secretaria Municipal de Educação (Semec), essas atividades estão sendo possíveis.

Segundo Carrelhas, durante a matéria, Pedro Teixeira também é pouco conhecido em Portugal. Para nós, brasileiros, é de suma importância conhecer esses personagens da História do Brasil. De certa forma, sem aqui discutir os meios e a finalidade daquela época, lhes devemos o território e a língua portuguesa, que muito nos orgulha.

A Expedição teve início em 15 de agosto passado e conta com profissionais de todas as classes – jornalistas, médicos, fotógrafos, operadores de imagem, entre outros. Desceu o Rio Amazonas, da Colômbia a Manaus, com paradas nas cidades homônimas.

Em 2015 será realizada a segunda parte, saindo de Manaus para Belém, e também com paradas nas cidades homônimas. O evento selará os 400 anos de Belém e os 100 anos da Federal das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil, da qual Carrelhas é presidente de honra.

Um livro será produzido ao final da empolgante  Expedição, visando registrar a viagem. E não é só.  O bom é que também resultará em uma cartilha e um livro a serem distribuídos nas escolas públicas de Belém.

Há 38 anos o escritor se divide entre residências em São Paulo e em Portugal, e sempre que pode explora o território amazônico, pelo que pesquisei. Em 1982, juntamente com os conceituados irmãos Villas-Boas, ajudou a criar o Parque Indígena do Xingu. Ou seja, não é coisa pouca.

Pela matéria, percebi que a Expedição contou com o apoio da Marinha do Brasil, oferecendo condições de navegação e de proteção às pessoas envolvidas, até mesmo contra a pirataria, entre outros riscos.

Com certeza, nessa Expedição a visão de Carrelhas não é a mesma do então viajante Pedro Teixeira, sobre a Região Amazônica.  Só espero que não deem espelhos aos índios em troca de seus conhecimentos tradicionais (e de suas mulheres).
Senão... a História se repetiria, agora em versão moderna.
 Mamãe Coruja

domingo, 28 de setembro de 2014

Teatro Amazonas - 5º Festival Amazonas de Música

Olás...


Aconteceu em Manaus, no Teatro Amazonas, o 5º Festival Amazonas de Música - FAM, de 22 a 27 último, com  a realização de oficinas e workshops, uma iniciativa do Governo do Estado do Amazonas, com a participação intensiva da Secretaria de Estado de Educação (SEC). Aliás, está de parabéns Robério Braga, sempre  promovendo esse  tipo de evento, como tantos outros, a exemplo do Festival de Cinema, de Óperas,  Concerto de Natal, e 11º Festival de Teatro da Amazônia, com a mostra competitiva a acontecer no mês de outubro. 

O importante nesses eventos é que o Governo traz os artistas do interior do Estado,  como uma maneira de dar a todos a oportunidade de mostrarem seus trabalhos. O FAM,  no ano passado, aconteceu no Município de Parintins.  Em 2015, será em Itumbiara, outro interior do Estado. 

Existem nichos de talentos  Amazônia afora. Considerando a dificuldade de logística nessa Região, como não aplaudir essas iniciativas, promovidas pela SEC?

Marquei presença, ontem, para acompanhar a final do 5º Festival Amazonas de Música. A mostra competitiva teve início no dia 24/09 .  Valeu muito a  pena. Música e interpretes de alto nível. Não poderia ser diferente.

Durante toda a semana foram realizadas as eliminatórias, 10 músicas foram selecionadas para participar da grande final, nesse sábado. Todas de alto gabarito, sem dúvida. Porém, sempre temos aquelas que, de alguma forma, a letra, a melodia e  a interpretação nos tocam.

Nicolas Jr, com "Memórias do Alentejo", Antônio Bahia, com "Pétrea", e  um "menino" (sim, creio ser o mais jovem de todos, mas dou minhas mãos à palmatória, por não lembrar o seu nome), fiquei "fixada" na performance, enquanto ele interpretava "Índios Urbanos".

Ao final, naturalmente que fiz questão de dar um abraço e parabenizar os meus "selecionados". E já convidada para, na segunda-feira próxima, dia 29,  participar do show de Nicolas Jr., já conhecido do público manauara.

O evento ainda teve um show especial do Grupo Carrapicho, grande homenageado da mostra neste ano, e muito bem merecida!

O Estado do Amazonas muito deve a esse Grupo. Levou nossa música a ser conhecida na Europa, com o "bate forte o tambor, eu quero é tic,tic, tic, tac", nos anos 90 (foi até gravada pela Ivete Sangalo, quando ainda integrava a Banda Eva). Este trecho da canção fez com que pessoas do mundo inteiro dançassem e prestassem mais atenção à Amazônia. Um sucesso estrondoso!  Várias são as histórias contadas sobre a repercussão de suas músicas no exterior. E ontem,  mais uma vez, esse sucesso foi cantado e contado, sob as batidas do ritmo de boi-bumbá.

Desde o "boom"  da canção "Tic,tic, tic, tac" na França, e posteriormente em outros países, o líder do Grupo  (hoje em dia formado com outros dançarinos), Zezinho Corrêa,  frequenta programas de emissoras de TV de todo o mundo. Ainda ontem, durante o show, comentou ter chegado da França, onde esteve desde o dia 20,  participando de um programa para a TV. Disse que sempre perguntam pelo Grupo, por onde anda.

Embora com outras formação de dançarinos, nas apresentações Zezinho sempre "convoca" os dançarinos antigos ao palco. É de arrepiar como ainda continuam bonitos e dançando maravilhosamente bem. Os aplausos são garantidos nessas horas. Que show!

O som de "Tic,tic, tic, tac"  ainda toca por aí.  Robério Braga, ao entregar o prêmio ao homenageado, comentou que quando foram à Bielorrússia, realizar concurso de instrumentistas para integrar a Orquestra Filarmônica do Amazonas, ao chegarem ao Aeroporto, a música de fundo que estava tocando  era "Tic,tic, tic, tac". O som é tão contagiante, que uma das moças,  brasileiras, deixou as malas no chão, e começou a dançar a coreografia do "tic,tic,tic, tac", e, claro, muitos ali presentes pararam para assistir e se balançar ao som da Amazônia. E  continua assim:   é um som que não deixa nenhum mortal ficar parado.

Sou fã do Grupo Garrapicho. No início de setembro também estive em mais um dos seus shows, realizado no Serviço Social do Comércio - SESC.  O espaço aberto  lotou. Público de todas as idades, de todas as gerações por lá esteve aplaudindo esse sensacional Grupo.

Uma homenagem muito merecida!



Mamãe Coruja 




.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Sabes?

Olás...



Sabes?

Há dias assim, alternados em bons e ótimos!
Ontem, tirando as traças  das gavetas do coração.

Hoje revendo poemas, poesias, contos. 
Encantada. Remoçada.

Naquelas linha as frases sem contexto. 
Letras, apenas.


Ontem, nem cantar sabia. Silente.

Ausente de mim estava. Pensando.

Ontem, nem a luz da lua refletiu no lago,

Cuja água vertia dos meus olhos. Lágrimas.


Hoje, vejo tudo diferente.

Meus poemas têm alma. Falas, sons. 
Tudo, até teus beijos.

Nos versos das poesias encontro-te!
Eu mesma me encontro.

Mesmo sem as rimas, rio.

Sabes? Rio porque estou feliz!
Ontem? Passou. Valeu!
Hoje,
E amanhã
Felizes,  tu e eu.



Mamãe Coruja


terça-feira, 16 de setembro de 2014

Somente meus olhos a veem.

Olás...




Ela!
Está lá.
Esbelta.
Passo  por ela
Cinco dias na semana.
Há muitos dias por ela passo.
E ela sempre ali: ora nua, ora vestida.
Às vezes molhada; às vezes seca. Mas lá está.
Vem o inverno, chega o verão. E ela ali, sem mudar de lugar,
Nem um centímetro quer seja, com os pés ficados ao chão. Ela!
Muda de cor. Isso percebo, quando por ela passo dias e dias de minha vida.
Acompanho todos os seus “passos”; as mudanças de pele; os seus dias tristes e alegres.
Mesmo seca, lá está. Imponente! Altiva! Às vezes até prepotente. Apesar das várias mudanças,
Sobrevive,
Exuberante,
Exótica e simples.
Engole gotas da água
Caída das nuvens, a regar.

Nem sei o seu nome. Com certeza deve ter um nome forte, marcante, histórico, como ela.
Há anos por ela passo, ainda criança. Muitas vezes a “cumprimento” com um simples olhar
Um  elogio àquela  imponência. Um bom  dia, cuja resposta é aquele “olhar” seguindo-me.
Merece minha  atenção!  Gosto de tudo que me passe força, energia positiva,  persistência,
Chama a atenção sem precisar dizer ou fazer nada.  Muitos passam por ela, todos os dias.
Não a veem, pelo menos não como deveriam vê-la. Só mesmo eu a entendo, somente eu.
Algo  está vindo  de encontro a ela. Iminente perigo, cheiro de destruição. Dias incerto.
Muito ao  entorno dela está indo embora. Ruindo. 
Não resistindo à pressão. Extirpando. Extinguindo. Morto.
Já a vi morrer, secar.
Já a vi nascendo, devagar.
Sai a chuva, volta o verão.
E
Ela
Lá.




Mamãe Coruja