sábado, 17 de maio de 2014

Conversas no Céu

Olás...

Os nomes, abaixo, são  de celebridades falecidas. Firmaram seus papeis na História, seja na música, na política, ou, simplesmente, na caridade.


Fiquei imaginando  uma conversa dessa turma  "do outro lado". Num final de sábado, todos juntos, sons de vozes, de viola, de risadas... de preces.
Vamos imaginar seguinte cenário, debaixo de uns coqueirais (brancos), céu (branco), areia (branca), e umas bandeiras nas cores azul, verde e amarelo, sobressaindo-se sobre todo aquele branco.

Ato I 

O compositor Zé Kéti, chateado,  porque enxerga as pessoas, "lá embaixo" falando da vida dele, e mantém o seguinte diálogo com Jair Rodrigues, convidado recente da rodada:



Zé Keti - "Tá  sabendo, Jair? Nem pedi opinião, mas  continuam a falar de mim. Quer saber? "Falem de mim quem quiser falar...aqui eu não pago aluguel..." (Opinião)
Jair Rodrigues, em resposta, alegre como  sempre: " Deixe que digam, que pensem, que falem, deixa isso pra lá, vem pra cá..." (Deixa isso pra lá).

Ato II


Já bastante entrosados, Elis Regina e Antônio Marcos estão à procura do Grande (Deus), para saberem Sua opinião sobre quem iria plantar a grama no Paraíso:

Antônio  Marcos- "Eu precisava tanto conversar  com Deus..." (Se eu pudesse conversar com Deus).
Ao que Elis Regina responde-lhe:  - "Se eu quiser falar  com  Deus..." (Se eu quiser falar  com Deus).
Mas Nelson Mandela, atento à conversa, dispara:  "Seja qual for o Deus, eu sou mestre do meu destino e capitão da minha alma".

Ato III


Mais adiante,  numa mesa branca de bar, uma boemia só. Alegres estão Nelson Gonçalves, Reginaldo Rossi e Cássia Eller. A conversa é assim:

Reginaldo Rossi: "Garçom,  aqui, nesta mesa  de bar..." (Garçom)
E Nelson Gonçalves argumenta:  "Naquela mesa tá faltando ele, e a saudade dele tá doendo em mim..."(Naquela mesa).
Mas Cássia Eller, toda zen, complementa: "Se lembra quando a gente, chegou um dia acreditar, que tudo era pra sempre...(...) ...eu só sei que alguma coisa aconteceu, tá tudo assim, tão diferente..." (Por enquanto).  
Vinícius de Moraes, com a cabeça na Garota de Ipanema,  ouviu o papo  e disse,  com um ar ausente: "De repente, não  mais que de repente..." (Soneto da Separação).
Ao que Renato Russo, testemunha ocular do suicídio, finalizou:  "Ela se jogou da janela do 5º andar, nada é fácil de entender..."

Ato IV

Mais adiante, em outra mesa,  Cazuza e José Wilker conversam sobre o tempo.

Cazuza, inquieto, diz para Wilker:  "o tempo não para, não para, não, não para..." (O tempo não para).
José Wilker, tasca essa, concordando com Cazuza: "O tempo ´ruge` e a Sapucaí é  longa".

Ato V


Noutro ponto "daquele lugar",  tímidos,  conversam Princesa Diana e Airton Sena (na verdade, não conversam. Questionam-se sobre alguns assuntos).
Pergunta Diana: Airton, o que você pensa sobre a Morte?
Airton, calmo mesmo estando em velocidade,  responde-lhe: "O dia que chegar, chegou. Pode ser hoje ou daqui a 50 anos. A única coisa certa é que ela vai chegar." (Frase sobre Morte).
Princesa Diana, com um semblante triste, confirma: "A vida é somente uma jornada", "Esta fase de minha vida é particularmente a mais perigosa." Ao ser várias vezes ameaçada antes de morrer.

Ato VI (Monólogo)

Madre Tereza de Calcutá - "Se um dia eu for Santa, serei com certeza a santa da escuridão. Estarei continuamente ausente do Paraíso". 


Achei melhor  parar  por  aqui. Prefiro  continuar a escrever  neste  blog. Mas  se  tiver que passar para o "lado  de lá", vou repetir sempre esta: "Cacete! Coloquem um ventilador no meu caixão. E não esqueçam do estoque de pilhas/bateria. Sou por demais  calorentaaaaa (ou é quente?)"

P.S. Nisso que dá programas para  jantar não darem certo: ocupa-se o tempo em imaginar bobagens. Ainda bem que foi reprogramado para o almoço, amanhã. rssss


Mamãe Coruja

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