"Magoei"... sei fazer mais do que descascar tucumã...
Olás...
"Vocês só sabem comer peixe e descascar tucumã, bando índios filhos da P..."
Foi dessa maneira "delicada" que uma cliente, insatisfeita pelo atendimento em uma conhecida rede de fast food, em Manaus, se referiu aos funcionários.
A cena foi logo divulgada e teve uma repercussão bastante negativa- creio para ambas as partes: ofensor e ofendido.
Também prezo pelo bom atendimento, porque também faço questão em atender, dar atenção merecida e devida ao cliente (e cliente aqui entenda no sentido lato, amplo, abrangente, ou seja, qualquer pessoa em qualquer segmento/contexto). Não é nada bom sermos mal atendidos, ainda mais quando estamos pagando.
Porém, minha opinião é que precisamos ter controle em determinadas situações, como esta do caso concreto. O que era tido como sua razão, acaba se dando o inverso.
Eu sou d(aqui): de comer jar(aqui), tomar taca(cá), tomar o açaí, comer pirão, com a caldeirada de tamb(aqui). E já comi muito tucumã. Temos muito a melhorar, é fato! Mas ofender as pessoas dessa forma incorre em pior erro do que o tal mal atendimento.
A ignorância acerca do povo indígena me indigna! Malgrado a vida invadida desses índios, estão ainda por aí a serem vítimas de preconceitos, por serem "diferentes". Na colonização, eram vistos como pagãos, insolentes e preguiçosos. Colonizadores queriam incutir-lhes, a qualquer custo, o padrão e a visão de mundo difundidos na Europa, como se fosse isso uma conduta universal. Infelizmente, o total desconhecimento do modo de vida desses nativos ainda persiste.
A"mocinha" do vídeo, "civilizada", parece que não absorveu as lições de berço e das escolas por onde passou.
Quem é mais civilizado: o cara pálida que destrói para construir e acumular riquezas, ou o "incivilizado", que apenas produz o necessário para a sua sobrevivência?
Coloquem-se lá, no lugar deles, e sejam aculturados por estranhos, sofram violências e sejam acometidos de doenças trazidas de um "mundo novo"(?!).
A "mocinha civilizada" só esqueceu de um detalhe: se ao chegarem ao Brasil, os europeus colonizadores, só encontraram índios habitando esta terra, somos todos portadores de genes dessa espécie, misturados com africanos, europeus, asiáticos. Uma completa miscigenação de cores, que resultou nessa bela e imensa riqueza cultural, da qual tenho imenso orgulho.
Uma última observação: coma um sanduíche caboclinho ...!
Mamãe Coruja
sanduíche caboclinho... soa bem... e pelo que pesquisei no Google, também tem muito bom aspecto.
ResponderExcluirO povo aqui é muito criativo em termos de gastronomia. Como a região é farta em tudo, da Natureza tudo pode ser aproveitado. A única preocupação é que essa extração seja feita de forma sustentável.
ResponderExcluirSó para saberes, do caroço do tucumã são confeccionadas exóticas e sofisticadas biojóias (ecojóias) . É um produto com bastante demanda. É um bom nicho de mercado, interno e também exportação.
Já vi dessas ecojóias do Brasil à venda em Portugal.
ResponderExcluirOra, ia levar um cocar indígena para ti, cravejado de pedras brasileiras ainda não lapidadas. Mas, sendo assim, tal o marido que diz à esposa que vai à pescaria - e vai a outro lugar - e, ao voltar, passa no mercado e compra peixe dizendo que o pescou, vou à loja e compro o cocar para te presentear.
ResponderExcluirAssim não me mandas que me afogue no Rio Mondego.
ih ih ih ih...
No Rio Mondego só te afogas se fizeres o pino :O)
ResponderExcluirIsso quer dizer "plantar bananeiras", "ficar de pernas pro ar"?
ResponderExcluirPor quê?
É tão raso assim o Rio?
Obs- Pensei besteira essa de fazer o pino hahahahahaha
Já me conheces rsrsrsrs
ResponderExcluirMas sim, plantar bananeira. O Mondego, quando chega a Coimbra, alarga muito o leito e tem muita areia que sedimenta por haver um açude a jusante. Por isso, tem pouca profundidade.
Ontem comi tucumã deliciosos. Presente assim eu agradeço se receber todos os dias. Descasquei como manda a regra. rsss
ResponderExcluir(não comento, que a inveja é coisa muito feia)
ResponderExcluirQuando chegares à maloca ...comerás quantos quiseres...
ResponderExcluirJá estou a salivar...
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